Bandidos trocam conta de celular e usam dados para aplicar golpe

O golpe consiste em trocar a titularidade da conta de celular sem que o dono saiba e, então, roubar informações pessoais para tirar dinheiro.

  • Bandidos têm praticado um novo tipo de golpe que tem causado prejuízos e dor de cabeça às vítimas.

    A estratégia consiste em trocar a titularidade da conta de celular sem que o dono saiba e, posteriormente, roubar informações pessoais para aplicar golpes.

    A prática criminosa tem sido denunciada em diversos boletins de ocorrência registrados na Delegacia de Estelionato de Curitiba.

    Uma das vítimas, uma psicóloga que preferiu não ter a identidade revelada, relatou que seu celular repentinamente parou de fazer e receber chamadas e mensagens. Ela não sabia, mas o número do aparelho havia sido transferido para outro chip, sem seu conhecimento.

    Os criminosos, então, mudaram a senha do e-mail da vítima, impossibilitando-a de ter acesso às contas bancárias e informações pessoais. A psicóloga agiu rapidamente assim que percebeu ter sido vítima de um golpe e foi imediatamente ao banco, munida do boletim de ocorrência.

    O delegado Emmanuel David, que investiga estelionatos, aponta uma das hipóteses do que pode estar acontecendo: “Algumas companhias de telefonia permitem que essa portabilidade seja feita por telefone, somente passando alguns dados básicos, como RG e CPF”.

    Os boletins de ocorrência na Delegacia de Estelionato de Curitiba registram diversos golpes que vão de R$ 3 mil a R$ 50 mil. Os criminosos não estão apenas hackeando redes sociais para se passar pelos donos, vender objetos ou pedir empréstimos. Agora, eles também estão invadindo os aplicativos de bancos e fazendo uma limpa nas contas.

    O delegado Emmanuel David orienta que uma das formas de prevenir esse tipo de crime é utilizar a chamada dupla autenticação, que consiste em utilizar aplicativos que geram senhas aleatórias a cada minuto. Isso garante que senhas sempre diferentes sejam geradas, impedindo o acesso de terceiros às informações pessoais e contas bancárias.

    Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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