Entenda a relação entre o coração e a saúde mental

Existem alguns fatores relacionados à saúde mental que podem contribuir para o surgimento de doenças cardíacas.

  • Entre os principais fatores que levam ao surgimento de problemas cardíacos, temos a obesidade, o sedentarismo e a hipertensão, mas além destes, existem alguns outros fatores, relacionados à saúde mental que podem contribuir para o surgimento de doenças cardíacas.

    Diversos estudos, nacionais e internacionais, apontam que as alterações químicas e biológicas que ocorrem durante as variações de humor — problema comum na vida de pessoas com transtornos mentais — podem influenciar no surgimento de diversas doenças cardíacas. Dessa forma, estima-se que os portadores de doenças psiquiátricas possuam de duas a três vezes mais chances de irem a óbito quando acometidos por doenças cardiovasculares.

    De acordo com um estudo internacional, realizado na Inglaterra pela King ‘s College London, pacientes com esquizofrenia, depressão ou transtorno bipolar possuem 78% mais riscos de desenvolverem doenças cardiovasculares em longo prazo. Isso se dá pelo uso constante de antipsicóticos, que acabam aumentando o índice de massa corporal.

    Outro estudo, dessa vez nacional, divulgado pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, constatou que pessoas que possuem transtorno de ansiedade generalizada apresentam um risco 30% maior de terem problemas cardíacos. A insônia, por exemplo, é um problema comum na vida de pessoas ansiosas e com outros transtornos mentais, o qual pode aumentar em 30% os riscos de hipertensão.

    Para manter a saúde mental em dia e evitar doenças do coração, muitas vezes é preciso modificar alguns hábitos diários, priorizando, por exemplo, uma alimentação equilibrada, uma melhor rotina de sono, pela prática regular de atividade física, bons momentos de lazer e diversão e práticas relaxantes, como é o caso da meditação.

    Além disso, o acompanhamento de um cardiologista, aliado ao trabalho com um psicológico, são essenciais para auxiliar o paciente a obter um maior controle sobre suas emoções, bem como aprender a lidar com situações rotineiras com muito mais calma e leveza.

    Foto: Freepik

    Marcelo Puzzi

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