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O anestesista Giovanni Quintella Bezerra, que foi preso em flagrante após estuprar uma paciente gestante que estava desacordada enquanto passava por uma cesariana, está sendo investigado por outros possíveis crimes.
O marido de uma outra paciente procurou a delegacia após o caso do estupro ser divulgado. Segundo ele, o médico teve atitudes suspeitas no parto dos gêmeos do casal, no dia 6 de julho.
“O anestesista me mandou sair na metade do parto. Minha esposa já tinha dormido e eu não tinha visto nem a criança nascer”, relatou ele, que preferiu não se identificar.
De acordo com o marido dessa paciente, o primeiro bebê nasceu de parto normal, mas pela falta de uma ultrassonografia para identificar a posição da criança, o segundo bebê precisou ser retirado via cesariana, e acabou falecendo durante a cirurgia.
“Depois de três horas fui perguntar sobre a minha esposa e ela continuava dormindo. Depois ela me explicou que não é normal dormir assim durante a cesárea”, disse o marido.
Por conta da repercussão do caso, a mãe da paciente lembrou que a filha retornou da sala de parto muito sonolenta, com uma sujeira no rosto e pescoço, casquinhas brancas e a pele colando.
“Tomei um susto quando vi a cara dele no jornal. No domingo de manhã, quando fui visitar meu filho, encontrei com ele no hospital. Ele chegou até a me orientar a colocar o hospital na Justiça, devido a morte do meu filho na cesárea. Sinto muita raiva com tudo isso. A gente está ali confiando nos médicos e acabam fazendo uma coisa dessas”, disse o marido da vítima.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro também investiga o caso de outras duas pacientes, que passaram por cirurgias no mesmo plantão que a vítima do estupro, 10 de julho, no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti.
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