Câmara de Maringá quer ouvir secretária de Educação sobre suposta falta de vagas no ensino integral

A Comissão de Educação do Legislativo convocou a secretária de Educação, Adriana Palmieri, para conversar com os vereadores na próxima segunda-feira (13). Pais reclamam sobre não ter as vagas no ensino integral já asseguradas, mesmo para crianças já matriculadas na rede municipal.

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    A Comissão de Educação da Câmara de Maringá convocou a secretária de Educação, Adriana Palmieri, a prestar esclarecimentos aos vereadores, em especial sobre uma suposta falta de vagas no ensino integral. A reunião está prevista para a próxima segunda-feira (13), às 10h30.

    Desde o início do processo de rematrículas na rede municipal de ensino, que vai até o dia 31 de outubro e, neste ano, ocorre pela internet, pais têm reclamado sobre não terem vagas asseguradas no ensino integral. No termo de rematrícula, disponibilizado tanto presencialmente quanto na plataforma Conecta Seduc, os responsável pelos estudantes estão sendo informados que o processo é destinado apenas para o ensino regular, ou seja, para os turnos da manhã e da tarde.

    Conforme a Secretaria de Educação informa no documento, os pais que desejarem vagas no ensino integral deverão se cadastrar na lista de espera, entre os dias 3 e 14 de novembro, e aguardar a abertura de uma vaga naquela mesma instituição. A situação também foi relatada por mães de estudantes ouvidas pelo Maringá Post.

    De acordo com a presidente da Comissão de Educação da Câmara, Professora Ana Lúcia (PDT), a demanda chegou ao conhecimento dos vereadores nos últimos dias. Eles também pretendem questionar sobre a infraestrutura das escolas.

    “A principal pauta diz respeito à rematrícula das crianças no nosso sistema público de educação, em que ela fez um documento pela Secretaria de Educação informando a toda a comunidade, incluindo os familiares, que as vagas para a educação integral não estão garantidas. O pai vai lá, faz a rematrícula na vaga em que a criança está no ensino regular, ou seja, em um dos turnos, mas que para a educação integral, para a criança ficar integralmente na escola que já está hoje, o pai vai ter que botá-la na fila de espera. Isso é muito grave, porque nós temos as famílias, de fato, hoje, com a sua rotina organizada considerando que a criança estará o dia inteiro na escola. Se isso mudar, eu acho que vai um problema muito grande e todos nós, vendedores, temos recebido essa demanda por parte dos pais”, relatou.

    Por meio de nota enviada ao Maringá Post, a Prefeitura de Maringá negou a falta de vagas. Segundo o município, o processo de rematrícula ocorre em duas etapas, garantindo inicialmente as vagas do ensino regular. Ainda conforme o Executivo, o número de oportunidades no ensino integral será ampliada em 2026. Leia a nota na íntegra:

    “A Secretaria de Educação informa que não há interrupção na oferta do ensino em período integral. Os estudantes já matriculados nesta modalidade terão prioridade de vaga em 2026. Assim como em anos anteriores, o processo de rematrícula ocorre em duas etapas: inicialmente é garantida a vaga no ensino regular e, em seguida, cada unidade escolar organiza a distribuição das crianças para o ensino integral, de acordo com critérios estabelecidos e a disponibilidade de vagas. A novidade neste ano é que o processo passou a ser realizado de forma online, diferentemente dos anos anteriores, quando era feito internamente nas escolas.

    Além disso, para o próximo ano, haverá ampliação do número de vagas e turmas de ensino integral, principalmente para o 1º ano do ensino fundamental. A medida atende à demanda de estudantes que fazem a transição dos Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis), onde o atendimento é integral, para as escolas municipais.”

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