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A Universidade Estadual de Maringá (UEM) está desenvolvendo um projeto de restauração para o Museu da Bacia do Paraná (MBP), localizado no campus da universidade. A estrutura de madeira, construída em 1948, foi a primeira edificação da história de Maringá, e a comissão responsável pela restauração visa concluir as reformas até 2026, quando o museu completará 80 anos.
O projeto incluirá a construção de um anexo para abrigar a reserva técnica do museu e um espaço destinado à pesquisa. Como o museu é um bem tombado, todos os detalhes do projeto serão apresentados à Prefeitura de Maringá para aprovação.
O coordenador do MBP, José Henrique Rollo Gonçalves, destacou que os estudos preliminares já foram concluídos, e as medições da área de 250 m² estão em andamento. Também será feito o mapeamento por meio de drone para a criação de modelos em 3D.
O professor aposentado Everaldo Pletz, especialista no tratamento de madeira, foi convidado para colaborar com o projeto, dada a complexidade do restauro. Ele alertou para a precariedade estrutural do museu, mencionando a necessidade de substituir as madeiras danificadas.
Originalmente localizada na avenida Brasil, a casa foi transferida para a UEM em 1982, onde foi colocada diretamente sobre o solo, sem ventilação, o que gerou problemas com umidade e ataques de insetos ao longo dos anos. Para resolver esses problemas, o professor Ricardo Dias Silva, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UEM, sugeriu o uso de macacos hidráulicos para elevar a estrutura e evitar o contato com o solo, prática comum em casas de colonos do sul do Brasil.
Após a conclusão das reformas, o MBP contará com espaço para exposições permanentes e temporárias, além de receber curadoria para trabalhos de artistas. Atualmente, o museu está fechado por questões de segurança, e seu acervo está sendo catalogado.
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