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Maringá pagou R$ 1,6 milhão em indenizações por quedas de árvores ao longo de 2024. Os números foram fornecidos pela Prefeitura de Maringá, a pedido do Maringá Post, nesta quarta-feira (22). As indenizações são resultado de pedidos de ressarcimento de moradores da cidade por danos causados em imóveis, veículos e também túmulos, de acordo com o município.
Ao todo, foram 196 processos de indenização por quedas de árvores pagos pela Prefeitura em 2024. Em números absolutos, os valores chegaram a R$1.594.268,73, montante 60% superior ao pago pela cidade, na mesma modalidade de indenização, em 2023, ocasião em que o Executivo pagou quase R$ 1 milhão em indenizações. Desde 2021, os pagamentos de indenizações por danos causados em quedas de árvores na Cidade Canção foram de quase R$ 4 milhões.
INDENIZAÇÕES POR QUEDAS DE ÁRVORES PAGAS PELA PREFEITURA DE MARINGÁ NOS ÚLTIMOS QUATRO ANOS
Ano | Valor das indenizações |
2021 | R$ 523.143,33 |
2022 | R$ 873.649,34 |
2023 | R$ 977.060,23 |
2024 | R$1.594.268,73 |
TOTAL | R$ 3.968.121,63 |
De acordo com dados da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Selurb), levantados até a manhã desta quarta-feira (22), Maringá tem 5.570 árvores, já com laudo, na lista de espera para remoções. Do total, 305 são classificadas, pelo próprio município, como ‘Emergência’ na escala de prioridades, o que representa ‘risco iminente de queda’.
Desde o início de 2025, quando a nova administração assumiu a Prefeitura, o município passou a implantar uma reestruturação na gestão da arborização na cidade. Segundo um material institucional publicado pelo Executivo, as ações, que incluem remoção de árvores secas, reestruturação do Viveiro Municipal e revisão técnica do Plano de Arborização Urbana, visam a segurança e a qualidade ambiental de Maringá.
Conforme a Prefeitura, a equipe da Secretaria de Limpeza Urbana trabalha na remoção das árvores secas e que apresentam risco para a segurança e a qualidade do ambiente urbano. A ação está concentrada em áreas específicas e que necessitam da intervenção imediata para evitar acidentes e minimizar impactos ambientais.
Revisão do Plano de Arborização Urbana
Uma outra ação discutida pela Prefeitura é a revisão do Plano de Arborização Urbana (PGAU), regulamentado pelo decreto municipal nº 172/2020 e que estabelece as diretrizes para a arborização da cidade. De acordo com o regulamento, o plano deve ser revisado a cada cinco anos. Dessa forma, é necessário realizar uma reavaliação para garantir que o plano de arborização esteja atualizado e alinhado com as necessidades atuais de Maringá.
O diretor-presidente do Instituto Ambiental de Maringá, José Roberto Francisco Behrend, destacou a importância da integração das secretarias para o trabalho desenvolvido. “A arborização urbana é um pilar fundamental para o desenvolvimento sustentável de nossa cidade. As ações emergenciais são importantes, mas o planejamento de médio e longo prazo e o restabelecimento da produção de mudas no Viveiro Municipal são essenciais para garantirmos uma arborização mais robusta e adaptada às necessidades do nosso município”, afirmou Behrend.
Nas próximas semanas, as equipes seguem com o trabalho de remoção das árvores secas e que apresentam prioridade de remoção. A Secretaria de Limpeza Urbana e o Instituto Ambiental de Maringá iniciarão o planejamento da revisão do Plano de Arborização Urbana, com a colaboração de todas as partes envolvidas na elaboração inicial do documento.
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