Vereadores aprovam indenização para famílias de servidores vítimas da Covid-19

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A Câmara de Maringá aprovou nesta terça-feira (16/3), em primeira discussão, o projeto de lei nº 15.819/2021, de autoria do poder executivo, que institui a indenização de R$ 50 mil para famílias de servidores da saúde que morreram vítimas da Covid-19. O projeto foi aprovado com 11 votos favoráveis e entrará em segunda discussão nesta quinta-feira (18/3).

O prefeito Ulisses Maia (PSD) lamentou mais uma vez a morte dos servidores e agradeceu o trabalho prestado no enfrentamento da pandemia. “Não há dinheiro que pague a dor de perder alguém. A indenização é uma forma de reconhecer o trabalho e esforços dos profissionais da linha de frente”, disse.

Familiares de quatro servidores da linha de frente que morreram por complicações da Covid-19 em Maringá serão beneficiados: Luís Carlos de Azevedo, de 47 anos, técnico de enfermagem da UPA Zona Norte; Jorge Karigyo, 62 anos, médico da UPA Zona Sul; Celina Antonio da Silva Souza, 51 anos, enfermeira e coordenadora da UPA Zona Norte e Sônia Fátima Corcetti Facimoto, 53 anos, técnica de enfermagem da UPA Zona Norte.

Durante a primeira sessão da Câmara neste ano, o prefeito Ulisses Maia anunciou três propostas voltadas ao funcionalismo público da cidade: a implementação de uma gratificação aos servidores que atuam na linha de frente do combate à Covid-19, a indenização por morte aos familiares dos servidores que perderam a vida no enfrentamento ao novo coronavírus e a implementação de cotas raciais para os novos concursos públicos.

Na época, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Maringá (Sismmar) afirmou que acompanharia de perto a tramitação dos projetos, buscando ampliar os direitos da categoria.

O secretário-geral do Sismmar, Matheus Luz, afirmou que, apesar de o valor não cobrir a perda, a indenização é algo positivo. “Somos favoráveis, pois os servidores que morreram merecem essa indenização. Sabemos que isso não vai nem minimamente ocupar a perda desses familiares, mas é algo positivo visto que alguns desses servidores eram responsáveis pela renda familiar. Esse dinheiro virá em uma boa hora”.

No entanto, para ele também deveriam existir projetos para evitar mortes dos servidores municipais. “O único ponto que para nós é discutível é que estamos pensando em processos de indenização para servidores mortos, mas não vemos um compromisso pleno de garantir a saúde dos trabalhadores. Nós preferiríamos muito mais que fossem projetos para evitar mortes do que para indenizar mortes.”


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