Hospital Metropolitano de Sarandi volta a funcionar parcialmente em dezembro e terá reabertura total em 2025

A reabertura do Hospital Metropolitano de Sarandi será gradual, com leitos clínicos em dezembro e funcionamento total até março de 2025.

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    O Hospital Metropolitano de Sarandi, que tem enfrentado uma série de dificuldades financeiras e precisou ser colocado sob intervenção judicial, deve retomar os atendimentos de forma parcial em dezembro deste ano. A reabertura completa está prevista para março de 2025.

    O cronograma foi apresentado nesta quinta-feira (21) durante uma audiência pública realizada pela Comissão de Saúde Pública da Assembleia Legislativa do Paraná.

    Retomada gradativa

    No momento, o hospital está passando por limpeza, desinfecção e pintura para se preparar para a reabertura. Os leitos clínicos, usados em internações gerais, serão os primeiros a voltar a funcionar no próximo mês.

    Já os leitos cirúrgicos, essenciais para pacientes que precisam de operações, devem ser disponibilizados em fevereiro de 2025. Até março, a previsão é que o hospital esteja funcionando completamente, com todos os 204 leitos ativos.

    Prioridade para urgência e emergência

    Deputados da Comissão solicitaram que os setores de urgência e emergência, que atendem casos graves, sejam reabertos o mais rápido possível. Eles destacaram a alta demanda esperada para o fim de ano, período de festas.

    O interventor do hospital, Rogério Vanderlei Kuntz, explicou que a decisão depende de avaliações técnicas, já que a prioridade é garantir segurança no atendimento, sem comprometer a vida dos pacientes.

    Regularização de salários

    Um dos maiores problemas do hospital era o atraso nos salários dos 600 funcionários, que chegou a levar a unidade a um estado de greve. Alguns trabalhadores disseram que não tinham recursos para pagar despesas básicas, como contas de água e luz, e enfrentavam aluguéis atrasados. Em casos mais graves, houve relatos de insegurança alimentar.

    Segundo o interventor, agora os pagamentos foram regularizados, incluindo o 13º salário. Ele também garantiu que não houve demissões, apenas 13 desligamentos voluntários.

    Crise financeira e irregularidades

    A intervenção judicial no hospital foi motivada por irregularidades financeiras graves, que somam cerca de R$ 118 milhões, conforme apresentado por Kuntz na audiência. Os desvios comprometeram o funcionamento da unidade e colocaram em risco a vida dos pacientes. Apesar disso, o interventor afirmou que a gestão atual está comprometida em reorganizar a estrutura e garantir o retorno dos serviços.

    Com a reabertura parcial em dezembro, o Hospital Metropolitano dá os primeiros passos para retomar sua função como referência em saúde pública na região.

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