Tempo estimado de leitura: 3 minutos
O Hospital Metropolitano de Sarandi, que tem enfrentado uma série de dificuldades financeiras e precisou ser colocado sob intervenção judicial, deve retomar os atendimentos de forma parcial em dezembro deste ano. A reabertura completa está prevista para março de 2025.
O cronograma foi apresentado nesta quinta-feira (21) durante uma audiência pública realizada pela Comissão de Saúde Pública da Assembleia Legislativa do Paraná.
Retomada gradativa
No momento, o hospital está passando por limpeza, desinfecção e pintura para se preparar para a reabertura. Os leitos clínicos, usados em internações gerais, serão os primeiros a voltar a funcionar no próximo mês.
Já os leitos cirúrgicos, essenciais para pacientes que precisam de operações, devem ser disponibilizados em fevereiro de 2025. Até março, a previsão é que o hospital esteja funcionando completamente, com todos os 204 leitos ativos.
Prioridade para urgência e emergência
Deputados da Comissão solicitaram que os setores de urgência e emergência, que atendem casos graves, sejam reabertos o mais rápido possível. Eles destacaram a alta demanda esperada para o fim de ano, período de festas.
O interventor do hospital, Rogério Vanderlei Kuntz, explicou que a decisão depende de avaliações técnicas, já que a prioridade é garantir segurança no atendimento, sem comprometer a vida dos pacientes.
Regularização de salários
Um dos maiores problemas do hospital era o atraso nos salários dos 600 funcionários, que chegou a levar a unidade a um estado de greve. Alguns trabalhadores disseram que não tinham recursos para pagar despesas básicas, como contas de água e luz, e enfrentavam aluguéis atrasados. Em casos mais graves, houve relatos de insegurança alimentar.
Segundo o interventor, agora os pagamentos foram regularizados, incluindo o 13º salário. Ele também garantiu que não houve demissões, apenas 13 desligamentos voluntários.
Crise financeira e irregularidades
A intervenção judicial no hospital foi motivada por irregularidades financeiras graves, que somam cerca de R$ 118 milhões, conforme apresentado por Kuntz na audiência. Os desvios comprometeram o funcionamento da unidade e colocaram em risco a vida dos pacientes. Apesar disso, o interventor afirmou que a gestão atual está comprometida em reorganizar a estrutura e garantir o retorno dos serviços.
Com a reabertura parcial em dezembro, o Hospital Metropolitano dá os primeiros passos para retomar sua função como referência em saúde pública na região.
Comentários estão fechados.