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O atual projeto do Eixo Monumental de Maringá, que está fazendo a readequação de espaços públicos no trecho da praça da Catedral até a Vila Olímpica, contempla a possibilidade da futura instalação de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na cidade. Pelo menos é o que consta nos estudos arquitetônicos e estruturais do Eixo.
Há cerca de um mês, o Governo do Paraná e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmaram um convênio para a realização de estudos técnicos e preliminares sobre a viabilidade de um VLT em Curitiba. Por lá, o modal serviria para fazer a conexão entre a capital e São José dos Pinhais, na região metropolitana. No Paraná, nenhuma cidade tem ainda um Veículo deste modelo.
A primeira menção do VLT no projeto do Eixo Monumental foi feita durante a elaboração dos estudos preliminares da construção, em abril de 2023. Conforme consta nos documentos, a proposta maringaense é mais modesta do que a que pode surgir em Curitiba.
De acordo com o projeto, o possível VLT maringaense deveria partir da avenida XV de Novembro, onde encontra-se o Paço Municipal, passar pela avenida Getúlio Vargas e pela praça Raposo Tavares – que será revitalizada -, com o desembarque previsto na travessa Jorge Amado, onde encontra-se atualmente o Mercadão Municipal.
Ainda conforme o documento, a proposta não demandaria intervenções no Terminal Intermodal, pois isso “será adequado futuramente”, se for o caso. A adequação para esta possível instalação que está sendo feita, no Eixo Monumental, é a criação de espaços, de 6 a 7 metros de largura, entre as vias, onde seriam instalados os trilhos.
É válido lembrar que essas adequações não significam a obrigatoriedade da instalação do modal. No momento, não há nenhum edital aberto sobre esta possibilidade. A adequação ao Eixo, no entanto, atende um ofício feito, ainda em 2018, pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob). O ofício pode ser lido a partir da página 208 deste documento.
No ofício, a pasta pede que “sejam observadas as seguintes premissas no Programa de Necessidades do referido concurso”, neste caso, o concurso arquitetônico para a escolha dos projetos do Eixo, realizado também em 2018.
Procurada pelo Maringá Post, a Prefeitura de Maringá informou que o ofício, na época, “foi encaminhado à Comissão Deliberativa para o Concurso do Eixo Monumental (CDCEM), responsável pelas diretrizes do Programa de Necessidades (documento com todos os ambientes, metragens e requisitos para a criação de um projeto de arquitetura) para instruir o Termo de Referência para contratação da empresa prestadora de serviço especializado para elaboração do Concurso Nacional de Arquitetura”, no qual “o Programa de Necessidades e o projeto de requalificação do Eixo Monumental deveriam considerar a possibilidade de instalação futura de um VLT”.
Na mesma nota, o município informa que o atual projeto “considera a possibilidade de instalação futura” de um VLT em Maringá.
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