“Um profundo projeto de desburocratização é urgente e necessário”, afirma Rogério Calazans

Se eleito, Rogério Calazans afirma que a prioridade do mandato será a geração de emprego e renda

  • Rogério Calazans, 42, é candidato a prefeito de Maringá pelo Avante. A psicóloga Luzinete Peder, do mesmo partido, é a candidata à vice-prefeita. Formado em Direito, Calazans foi diretor do Procon de Maringá, secretário de Gestão e procurador jurídico na atual administração.

    Se eleito, Rogério Calazans afirma que a prioridade do mandato será a geração de emprego e renda com requalificação dos desempregados e apoio às microempresas em crise devido à pandemia.

    Para isso, ele propõe a criação do conselho de retomada econômica e o projeto “Destrava Maringá” para desburocratização, simplificação administrativa e desregulamentação.

    “É impossível falar em geração de emprego e renda enquanto a prefeitura chega a demora mais de um ano para aprovação de projetos e concessão de alvarás. Por isso, um profundo projeto de desburocratização é urgente e necessário”, diz Calazans.

    Por que o senhor merece ser eleito prefeito de Maringá?

    Acredito que estou preparado para ser prefeito de Maringá. Trabalho com administração pública desde o início da minha atividade profissional na área jurídica e tenho um plano de governo construído tecnicamente que é apropriado para esse período de crise pós pandemia.

    Se eleito, qual a prioridade do seu mandato?

    A prioridade do nosso governo será a geração de emprego e renda, com a requalificação dos desempregados e o auxílio para reposicionamento das microempresas em crise devido à pandemia. Para isso, vamos criar logo nos primeiros dias do governo, o conselho municipal de retomada econômica, que decidirá sobre as áreas que serão objeto de políticas de desoneração como forma de estímulo à atividade econômica.

    Também, vamos implementar o projeto “Destrava Maringá”, um amplo projeto de desburocratização, simplificação administrativa e desregulamentação. O excesso de regulamentação em Maringá é um entrave, por exemplo, para a construção civil. Também é impossível falar em geração de emprego e renda enquanto a prefeitura chega a demorar mais de um ano para aprovação de projetos e concessão de alvará. Por isso, um profundo projeto de desburocratização é urgente e necessário.

    Como avalia a gestão de Ulisses Maia (PSD)?

    A gestão Ulisses Maia fica caracterizada, sobretudo, pela falta de planejamento e visão estratégica. Algumas obras e intervenções realizadas durante a gestão, sem dúvida, foram importantes para a população. Mas o que se percebe é que não houve planejamento e coordenação entre as atividades. Prova disso foi a conclusão do novo terminal urbano, que apesar de trazer mais conforto para os usuários, acaba por gerar maior caos ao trânsito do centro da cidade, sem que se tenha pensado em projetos compensatórios. Os atos realizados na atual gestão não estão vinculados a uma visão estratégica de cidade no longo prazo.

    Concorda com a compra de vagas em creches particulares?

    Sim, concordo com compra de vagas nas creches particulares. Precisamos entender que, mesmo a educação tendo verba própria e suficiente para a criação de vagas, a lei de responsabilidade fiscal, ao limitar os gastos com pessoal, considera a administração como um todo. Isso faz com que a educação, mesmo com dinheiro, fique muitas vezes impossibilitada de contratar novos servidores. Com essa impossibilidade, de nada adianta a construção de novas creches.

    Além disso, a visão de futuro demonstra que a tendência é, em alguns anos, diminuir a necessidade de creches. Assim, o gasto com construção de novas creches pode gerar um passivo para a prefeitura no longo prazo. Assim, a parceria com a iniciativa privada é fundamental para atender a demanda de vagas nas creches.

    Concorda com os investimentos feitos em praças?

    Não concordo do modo como foi feito. Obviamente, as praças precisam ser reformadas. A reforma por si só não é ruim. Mas, como dito acima, precisa estar dentro de um planejamento estratégico. No caso atual, praças da Avenida Brasil, como a Rocha Pombo, estão sendo reformadas quando se pretende instalar o VLT na cidade e, nesse caso, o VLT teria que cortar essas praças.

    Então, a reforma não se enquadra dentro de um planejamento. Além de criar área de lazer em local perigoso devido ao grande fluxo de veículos. Além disso, precisamos rever a necessidade de todas as rotatórias. A cidade cresceu. A reforma das praças nas rotatórias não levou em consideração eventual necessidade de alteração dessas rotatórias para garantir melhor fluidez do trânsito.

    Qual a principal obra de mobilidade que propõe para Maringá no período de 2021 a 2024?

    A criação de áreas de transbordo (pequenos terminais) nos eixos comerciais dos bairros, permitindo maior circulação entre bairros dos ônibus e, consequentemente, reduzindo o fluxo de ônibus na região central de Maringá. Além disso, vamos formalizar o início dos estudos para a implementação do VLT na região central da cidade.

    Pretende continuar a investir no Eixo Monumental?

    Sim. Trata-se de obra importante para revitalização da região central da cidade.

    Acha possível ter um VLT na Avenida Brasil?

    Sim, acho perfeitamente possível. O obstáculo é o custo, mas é possível. O problema é que estamos gastando dinheiro público para reformar as praças da avenida Brasil que teriam que ser cortadas pelo VLT. Precisamos pensar num modelo de parceria público-privada que viabilize economicamente o VLT na avenida Brasil.

    Qual mensagem deixaria aos eleitores neste início de campanha eleitoral?

    Maringá sempre se orgulhou da qualidade de vida concedida aos maringaenses. Nos últimos anos, caímos no índice da saúde do IGDM, o que demonstra que estamos perdendo o que temos de mais preciso. O problema da insegurança também está alarmante. Eu estou pronto para fazer os ajustes necessários na nossa cidade para resgatar o maior orgulho da nossa cidade: a sua qualidade de vida.

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