Guardas Municipais são acusados de praticar tortura em abrigo infantil de Maringá

O abrigo, que é financiado pela prefeitura, foi o cenário onde as supostas agressões ocorreram.

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    Em um episódio alarmante ocorrido em Maringá, cinco membros da Guarda Municipal estão sendo acusados de atos de tortura e agressão física contra um grupo de 12 jovens em condição de risco. As acusações vieram à tona após uma investigação detalhada sobre eventos que se desenrolaram em 18 de março, em uma instituição de acolhimento local.

    De acordo com informações dadas pelo G1, a delegada Karen Friedrich, responsável pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes, concluiu o inquérito na manhã de hoje e o encaminhou ao Ministério Público do Paraná. O abrigo, que é financiado pela prefeitura, foi o cenário onde as supostas agressões ocorreram. Os guardas envolvidos foram suspensos de suas funções e receberam ordens judiciais para não se aproximarem das vítimas.

    Segundo relatos, uma confusão no abrigo levou uma educadora social a solicitar a intervenção da Guarda Municipal. A investigação confirmou o uso de spray de pimenta e a ocorrência de agressões físicas. Alguns guardas, além de participarem, são acusados de incentivar o comportamento violento.

    Durante os interrogatórios, os jovens apresentaram vermelhidão facial e marcas de agressões, confirmadas por exames médicos. Os funcionários do abrigo negaram as acusações, incluindo o uso do spray. A educadora social, que chamou os guardas, também foi indiciada por tortura por sua inação diante dos fatos e por não solicitar assistência médica imediata após os jovens serem afetados pelo spray.

    A prefeitura, em comunicado no início de abril, anunciou a renúncia da educadora, uma servidora municipal, e expressou seu repúdio a qualquer forma de violência.

    O abrigo atualmente acolhe 13 adolescentes e 2 crianças de 11 anos. Durante a investigação, depoimentos de 16 adultos e 12 menores foram coletados, com os últimos participando de entrevistas especializadas. A delegada Friedrich enfatizou que novas informações podem emergir conforme o caso progride, mas esses são os pontos centrais do inquérito remetido ao Ministério Público até o momento.

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