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Em comemoração ao Dia Nacional de Combate ao Assédio Moral no Trabalho, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) reforça seu compromisso contra o assédio, a discriminação e o preconceito com novas iniciativas educativas. A campanha “UEM sem Assédio” avança com a elaboração de um cronograma de cursos e palestras focados na conscientização e prevenção dessas práticas nocivas.
A vice-reitora Gisele Mendes destaca a importância da capacitação dos servidores para promover um tratamento igualitário e respeitoso, independente de raça, cor, sexo, religião ou qualquer outra condição. A campanha já resultou em um aumento nas denúncias de assédio moral, que representam cerca de 75% do total, indicando uma maior conscientização sobre o tema.
A Ouvidoria da UEM, liderada por Rejane Sartori, e o procurador do Trabalho, Lucas Barbosa Brum, observam um crescimento significativo nas denúncias de assédio no trabalho, refletindo uma ampliação do debate e uma maior conscientização dos direitos dos trabalhadores. Brum enfatiza que o assédio moral é uma violência psicológica caracterizada por condutas abusivas e sistemáticas que afetam a dignidade e liberdade dos indivíduos.
A UEM oferece canais exclusivos para denúncias e assistência às vítimas, incluindo suporte social, psicológico e jurídico. A vice-reitora ressalta a aprovação da Resolução 063/2024, que prevê punições expressas para casos de assédio e perseguição na universidade, e enfatiza a necessidade de um ambiente de trabalho respeitoso e produtivo.
A campanha “UEM sem Assédio” também planeja cursos sobre Direitos Humanos, prevenção ao assédio sexual, respeito às diversidades e comunicação não violenta, visando a integração e informação dos servidores sobre as políticas e normativas da instituição. Enquanto isso, o Senado avalia o Projeto de Lei 1.521/2019 para tipificar e punir o assédio moral no ambiente profissional.
Medidas de prevenção
Algumas atitudes são importantes para fazer cessar o assédio e evitar que ele se propague e se agrave no ambiente de trabalho:
- Evitar permanecer sozinha(o) no mesmo local que o(a) assediador(a).
- Anotar, com detalhes, todas as práticas abusivas sofridas: dia, mês, ano, hora, local ou setor, nome do(a) agressor(a), colegas que testemunharam os fatos, conteúdo das conversas e o que mais achar necessário.
- Dar visibilidade, procurando a ajuda dos colegas, principalmente daqueles que testemunharam o fato ou que são ou foram vítimas.
- Reunir provas, como bilhetes, e-mails, mensagens em redes sociais e outros.
- Livrar-se do sentimento de culpa, uma vez que a irregularidade da conduta não depende do comportamento da vítima, mas sim do agressor.
- Denunciar aos órgãos de proteção e defesa dos direitos das mulheres ou dos trabalhadores, inclusive o sindicato profissional.
- Comunicar aos superiores hierárquicos, bem como informar por meio dos canais internos da empresa, tais como ouvidoria, comitês de ética ou outros meios idôneos disponíveis.
- Buscar apoio junto a familiares, amigos e colegas.
- Relatar o fato perante a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT).
Denúncias on line: Site UEM sem Assédio
*Com informações, assessoria de imprensa/UEM