O jantar festivo da Academia de Letras de Maringá, nesta quarta-feira, 15, marcou o encerramento das atividades da instituição em 2021 e a posse da nova diretoria, encabeçada pela escritora Eliana Palma, que vai dirigir a entidade até dezembro de 2023. Na oportunidade, foram empossados também os quatro novos membros, todos já bastante conhecidos no mundo das letras.
Muitas homenagens foram prestadas à escritora Majô Baptistoni, que esteve na presidência da ALM em duas gestões consecutivas e enfrentou as dificuldades de dirigir a entidade em tempos de uma pandemia em que a principal recomendação era o distanciamento social.
“Se há algo para se comemorar é o fato de a academia ter passado por este período sem nenhuma baixa”, disse Majô.
Não é só responsabilidade, mas também prazer
Eliana Palma foi eleita para a presidência no último dia 5, encabeçando a única chapa inscrita para a eleição.
Segundo ela, presidir a ALM não é apenas uma responsabilidade, mas também uma satisfação, uma realização pessoal, já que ela é uma das fundadoras da instituição e uma das mais presentes a todas reuniões.
Compõem a nova diretoria, liderada por Eliana, o vice-presidente Tiago Valenciano, a secretária geral Olga Maria Agulhon, a 1ª secretária Ângela Ramalho Xavier, o 2º secretário Jeferson Cadamuro Nunes, a 1ª tesoureira Majô Baptistoni, o 2º tesoureiro Alberto Paco, a 1ª bibliotecária Jeanette Monteiro de Cnop, a 2ª bibliotecária Florisbela Margonar Durante, e a oradora Loide Caetano. Do conselho fiscal fazem parte Rogério Recco, Arlene Lima e Cida Herrara (titulares), Hulda Ramos Gabriel e Sibelita Pinheiro (suplentes).
Presença dos fundadores
O prefeito Ulisses Maia (PSD) participou da reunião festiva da ALM junto com o vereador Alex Chaves, líder do prefeito na Câmara, e o secretário de Cultura, Victor Simião, também escritor. Mas, além de ser uma forma de prestigiar a instituição, Ulisses esteve presente também como membro. Ele é um dos fundadores da Academia de Letras de Maringá e na oportunidade estavam presentes também a ex-vereadora Arlene Justus de Lima e o jornalista Joel Cardoso, que foram fundadores, assim como a ex-presidente Majô Baptistoni e a nova presidente Eliana Palma.
“Tenho muito orgulho de participar da Academia e sei da importância que ela tem para a vida intelectual da cidade”, disse Maia, destacando que em Maringá, e principalmente em sua administração, a literatura ocupa lugar de destaque, como demonstrou a realização da Festa Literária Internacional de Maringá, a FLIM, realizada na semana passada, com lançamentos, debates, mesas redondas, enfim, várias atividades que prestigiaram escritores, leitores e a própria literatura.
Novos na casa, veteranos na literatura
A Academia de Letras de Maringá ganhou quatro novos membros, empossados durante a reunião festiva em que a partir de agora passam a ser figuras constantes em todas as reuniões da instituição. Eles são novidades na academia, mas antigos no mundo das letras.
Tem até quem já vivia de escrever muito antes da criação da academia. É o caso de Milton Roberto da Silva Sá Ravagani, envolvido com o jornalismo desde a mocidade e nas últimas décadas transitou entre o rádio, TV, jornal impresso e notícias na internet, tanto como colunista quanto como editor.
Ravagnani foi colunista e editor-chefe do O Diário, passou pelo Metro e pelo grupo Band em Maringá, tanto na TV quanto na rádio.
Outra novidade na casa é o professor Pedro Paulo Deprá, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), autor do livro de ficção “Dosha”.
Miguel Fernando Perez Silva se tornou membro agora, mas já é velho conhecido da academia. Historiador, com formação também na área de turismo, Miguel Fernando tem vários livros sobre fatos ocorridos em Maringá, como o que relata o assassinato do garoto Clodimar Pedrosa Lô.
Como escritor dos novos tempos, Miguel Fernando vai além do papel e hoje atua também na produção de documentários e como criador e editor do site Maringá Histórica.
A mais jovem dos novos membros – e possivelmente a mais jovem de todos os membros da academia – é a jornalista Dany Fran Gôngora da Rosa, ex- funcionária da RPC e figura presente em todos os eventos que envolvem literatura no Paraná. Não só escreve, mas é também uma apaixonada pelo mundo das letras. Desde que se desligou da RPC, onde era editora chefe do “Caminhos do Campo”, passou a se dedicar 100% à literatura.
Dany Fran assina colunas literárias analisando obras, falando de lançamentos, coisas assim. Seu primeiro romance, “Dias nublados”, foi publicado em 2015 e de lá para cá participou de antologias com crônicas. Depois vieram “O Corvo”, um livro colaborativo (Editora Empíreo), “À Flor da Pele”, jornalistas na linha de frente da Covid-19 (Editora Pró Infanti), que foi publicado este ano.
No momento, Dany Fran trabalha no seu segundo romance, “Garotas de sorte”.
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