Com a ampliação da pista de pouso e decolagem, do pátio para estacionamento de aeronaves e reforma da Seção Contra Incêndio, do Corpo de Bombeiros, e inserção do Sistema de Iluminação de Aproximação, o Aeroporto Regional de Maringá torna-se um dos mais bem estruturados para atender às necessidades do comércio internacional. Portanto, chegou a hora de se debater perspectivas para este importante terminal de carga e de passageiros e como empresas e instituições podem aproveitar essa estrutura.
Foi o que aconteceu na última segunda-feira, 30 de agosto, quando o Instituto Mercosul e a Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim) promoveram a mesa-redonda “Logística internacional em foco: novas perspectivas do aeroporto de Maringá”.
Tratou-se de um evento híbrido, com convidados participando presencialmente e outros remotamente. E o público, especialmente a classe empresarial de toda a região, acompanhou pelos canais da Associação Comercial e do Instituto Mercosul no YouTube.
Participaram presencialmente, entre outras autoridades, o vice-prefeito de Maringá, Edson Scabora (MDB), o vice-presidente da Acim, Wilson Filho, o presidente do Instituto Mercosul, Aloisio Andreata, o vice-presidente para Comércio e Serviços da Acim, Petrojan Neves Petrus, e o secretário de Inovação, Aceleração Econômica, Turismo e Comunicação da Prefeitura, Marcos Cordiolli. As palestras foram feitas pelo superintendente do Aeroporto, Fernando José Rezende, e Leonardo Coli, CEO da BHZ Logística, empresa de Minas Gerais que venceu a licitação para a administração do Terminal de Cargas (Teca) do aeroporto.
Infraestrutura e localização
Segundo Fernando Rezende, a boa localização geográfica do município de Maringá, facilitando acesso a outros Estados e aos países vizinhos, faz do Aeroporto Regional Silvio Name Júnior um dos principais do Sul do País. Ele foi apontado como sexto aeroporto em potencial de desenvolvimento do Brasil, o primeiro entre os aeroportos regionais, principalmente depois da estrutura que acaba de ganhar.
“Estamos fazendo a lição de casa, melhorando a estrutura e buscando, com a Siacom da prefeitura, a identidade do aeroporto, refletindo a identidade da própria cidade”, diz Rezende.
“A localização do aeroporto de Maringá permite que ele esteja mais próximo de alguns dos principais aeroportos do mundo, como o de Miami, nos Estados Unidos, Montevidéu, no Uruguai, Assunção e Santiago, do que aeroportos como Guarulhos, Viracopos ou mesmo o de Curitiba”, explica. Segundo Rezende. De Maringá a Miami, por exemplo, são 15 minutos a menos de vôo do que a partir de Guarulhos, o que significa 15 minutos de economia de combustível e de tempo, sem contar as taxas alfandegárias, que poderão ser melhores a partir de Maringá.
Investimentos constantes
A infraestrutura aeroportuária deu ao aeroporto de Maringá uma pista de pouso e decolagem com 2.380 metros de extensão, por 45 metros de largura, acostamento de 7,5 metros de cada lado. O índice de resistência da pista, o PCN, aumentou, deixando o aeroporto apto para receber grandes aviões de carga, como o Boeing 737.
Outra vantagem apontada pelo superintendente é o aumento no número de posições para estacionamento de aeronaves. O aeroporto tinha sete posições e, com a ampliação, o número subiu para 12.
Foram feitos investimentos de R$ 81 milhões, do governo federal, e houve ainda contrapartida do município. A ampliação, cujas obras estão no final, será inaugurada no dia 1° de outubro pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, que estará em Maringá com alguns de seus ministros a convite de seu líder na Câmara, o deputado Ricardo Barros.
Atraído pela ação da sociedade
O empresário Leonardo Coli, diretor Executivo da BHZ Logística Integrada, empresa com sede em Contagem, em Minas Gerais, conheceu Maringá quando tentou assumir a estrutura do Porto Seco para a expansão de sua empresa. “Conheço muitas cidades e muitas entidades representativas do empresariado, mas Maringá nos atraiu pela força institucional dos empresários, representados pela Associação Comercial, pelo Codem, pelo Instituto Mercosul, exemplos para o nosso Brasil, bem como toda a sociedade organizada que tanto coopera com a administração pública, fazendo desta cidade uma cidade ímpar para se morar e fazer negócios”, explicou.
A mesa redonda organizada pelo Instituto Mercosul e Acim, na íntegra, pode ser vista AQUI
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