O chefe de Gabinete da prefeitura de Maringá, Domingos Trevizan, e o procurador-geral Douglas Galvão receberam a Imprensa na manhã desta segunda-feira para esclarecer a decisão da prefeitura de impetrar na Justiça uma Ação Ordinária de Obrigação de Fazer com Tutela de Urgência, com o objetivo de impor à Secretaria de Estado da Saúde a obrigação de restabelecer o total de doses de vacina contra a covid-19 a que Maringá tem direito, proporcionalmente. A administração municipal acredita que Maringá está sofrendo um boicote de vacinas promovido pela Secretaria de Saúde do Paraná.
A distribuição, por meio da 15ª Regional de Saúde, atendia ao critério da proporcionalidade, em relação ao tamanho da população de cada município, até junho, porém depois que alguns prefeitos criticaram o fato de a vacinação do público em geral estar mais adiantada em Maringá do que nas demais cidades, houve redução no envio de doses para Maringá.
Assim, Maringá que até junho era destaque nacional como uma das cidades em que a vacinação mais tinha avançado, passou a ser uma das mais atrasadas, chegou a passar semanas inteiras sem poder continuar a vacinação do público em geral por falta de vacinas.
Neste final de semana, houve polêmica nos órgãos de comunicação, com troca de farpas entre o prefeito de Maringá, Ulisses Maia (PSD), e o secretário de Saúde do Estado, Beto Preto. O prefeito afirmava que Maringá estaria sofrendo boicote de vacinas por parte da Secretaria de Saúde no envio de doses de vacina, ao passo que Preto alegava que isso não acontecia e que Ulisses estava politizando a questão.
Durante a coletiva, Trevizan baseou-se nos números para justificar a ação judicial. Segundo ele, enquanto era obedecido o princípio da proporcionalidade, a vacina avançava em Maringá e, inclusive, muitas pessoas que moram em outras cidades foram vacinadas nas unidades básicas de saúde de Maringá, principalmente aquelas que trabalham em Maringá. O município, segundo Trevizan, recebia cerca de 50% das doses da 15ª Regional por ter mais da metade de todos os moradores da área coberta pela Regional. Ultimamente, recebe 36%, 38%, sem que a Secretaria justificasse a redução.
“Temos capacidade de vacinar até 10 mil pessoas, abrimos e avançamos na idade, e o próprio Governo acabou adotando esta metodologia. Não deixamos vacina parada no estoque, por isso conseguimos avançar na vacina por idade. Conseguimos isso até fim de junho. E nos preocupamos agora com esse percentual abaixo da média nos últimos lotes de vacina”, diz Domingos Trevizan.
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