TCCC solicita auxílio de R$ 20 milhões, diz prefeitura

O município contratou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) para avaliar o contrato e os prejuízos da concessionária

  • A empresa Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) solicita auxílio de mais de R$ 20 milhões para solucionar os prejuízos financeiros causados pela pandemia da Covid-19. A informação é da Prefeitura de Maringá. O município contratou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) para avaliar o contrato e os prejuízos da concessionária.

    Os motoristas da TCCC decidiram paralisar as atividades nesta quinta-feira (8/4) após não receberem o salário integral referente ao mês de março. Os funcionários receberam apenas 40% do salário. A empresa alega que enfrenta desequilíbrio financeiro desde março de 2020, causado pela redução do número de passageiros.

    Em nota, a prefeitura informou que acompanha a paralisação das atividades. “O município tem mantido reuniões diárias com a empresa de transporte coletivo para chegar a um denominador comum e manter a qualidade do serviço à população.”

    A prefeitura disse quem tem auxiliado diversos segmentos, mas considera que o valor solicitado pela TCCC é elevado. “Apesar da redução brusca de passageiros, a TCCC não parou em nenhum momento”, afirmou um trecho do comunicado.

    “Continuamos as negociações com a empresa e ouvindo o sindicato dos trabalhadores para tomar as medidas necessárias visando a manutenção deste serviço que é vital para nossa população”, finalizou.

    Em entrevista ao Maringá Post, o diretor administrativo da TCCC, Roberto Jacomelli, confirmou que a prefeitura se comprometeu a fazer o pagamento de um subsídio paliativo. Ele não revelou o valor, mas o sindicato que representa a categoria afirmou que o auxílio seria de R$ 700 mil para pagamento do restante do salário dos funcionários.

    “Em algumas cidades do Brasil já está sendo aportado algum dinheiro público no transporte coletivo. Estamos discutindo isso com a prefeitura desde o ano passado e entendemos que a prefeitura está sensível para responder essa questão”, disse o diretor administrativo da TCC.

    Nas redes sociais, o prefeito Ulisses Maia (PSD) classificou como absurdo o não pagamento integral do salários dos funcionários. Maia também afirmou que estão em andamento estudos jurídicos para analisar o contrato de concessão e a possibilidade de concorrência no transporte público. “Não somos a favor do monopólio”, disse o prefeito.

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