Com a publicação do decreto que autoriza o retorno das aulas presenciais em Maringá, a maioria das instituições de ensino se prepara para receber os alunos após 10 meses. Nessa volta às aulas, medidas de distanciamento social, higiene e novos formatos de ensino serão adotados.
Nas escolas particulares da educação básica de Maringá, as atividades presenciais serão retomadas na próxima semana, entre os dias 1 e 2 de fevereiro. Na rede municipal, a prefeitura ainda não confirmou a data de retorno.
O vice-presidente do Sindicato dos Estabelecimento Particulares de Ensino do Noroeste do Estado do Paraná (Sinepe), José Carlos Barbieri, afirmou que o calendário letivo de 2021 da educação básica das instituições particulares foi aprovado pelo Núcleo Regional de Educação (NRE) ainda em 2020.
“Temos escolas que começaram essa semana, mas nós temos a grande maioria das escolas começando a partir do dia primeiro ou do dia 2 de fevereiro, ou seja, na semana que vem”, disse Barbieri. Ele destacou que, além da aprovação no NRE, as escolas precisam precisam cumprir 200 dias letivos e 800 horas de aula.
José Carlos Barbieri explicou que os colégios com turmas grandes precisarão delimitar a quantidade de alunos no espaço. Para isso, será adotado o sistema híbrido. No formato, parte dos alunos vai assistir às aulas de forma presencial, nas escolas, e parte vai acompanhar, simultaneamente, a mesma aula de maneira remota.
As instituições que têm turmas menores não precisarão adotar o ensino híbrido, desde que as medidas da resolução 632/2020 da Secretaria de Estado da Saúde sejam adotadas. Veja quais são:
- Distanciamento de dois metros entre cada pessoa;
- Uso obrigatório de máscaras;
- Fica proibido o uso de bebedouros com a aproximação da boca;
- Utilização e disponibilização de álcool em gel;
- Limpeza e desinfecção dos espaços deve ser constante;
- Carteiras deve ser posicionadas para manter o distanciamento mínimo.
“O que nós estamos observando é que as escolas estão fazendo pesquisas para saber quem vai presencialmente, quem não vai, e os que não vão porquê. Para ver se tem alunos com comorbidades, se tem alunos que estão preocupados com a vacinação e só irão após serem vacinados. Estamos nesse momento de levantamento, de preparação das escolas com muito investimento, para que a gente possa iniciar as nossas atividades presenciais”, diz Barbieri.
Volta às aulas na rede estadual será em 18 de fevereiro
O início das aulas na rede estadual está programado para 18 de fevereiro. Na quarta-feira (20/1), o Governo do Paraná autorizou a retomada das aulas presenciais em escolas estaduais públicas e nas instituições privadas. O modelo híbrido será adotado no retorno das aulas no Paraná.
Apesar do anúncio, na rede estadual existe um impasse entre professores e funcionários e o governo. Em assembleia no sábado (23/1) convocada pela APP-Sindicato, servidores da rede estadual aprovaram greve geral a partir de 18 de fevereiro contra a retomada das aulas presenciais. A categoria é contrária ao modelo híbrido e afirma que o formato não foi discutido com a comunidade escolar.
Em Maringá, até o momento a Secretaria de Educação não confirmou quando será o retorno das aulas na rede municipal de ensino. No entanto, a retomada deverá seguir o modelo adotado nas escolas estaduais, com formato híbrido e revezamento de alunos.
Ensino Superior
A maioria das instituições de ensino superior privadas de Maringá deve iniciar as atividades no dia 8 de fevereiro. A Universidade Cesumar (UniCesumar), por exemplo, anunciou que vai retomar as atividades de forma remota em 8 de fevereiro e, a partir de 22 de fevereiro, pretende adotar o modelo híbrido.
O vice-presidente do Sinepe explica as instituições de educação superior têm autonomia para a aprovação do calendário escolar, ou seja, não dependem do Núcleo Regional de Educação e nem do Ministério da Educação (MEC). No entanto, como na educação básica, o ensino superior precisa cumprir, no mínimo, 800 horas aula/atividades e 200 dias letivos.
A Universidade Estadual de Maringá (UEM) informou que o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEP) ainda deve se reunir para discutir o decreto e avaliar se a UEM deverá retomar as atividades presenciais. Ainda não há data marcada para a reunião.
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