Em Maringá, pais de alunos de escolas particulares formaram grupo de, aproximadamente, 200 pessoas, para apoiarem a retomada das atividades escolares e abertura de espaços públicos.
A porta-voz do movimento e mãe de duas crianças, Vanessa Bellei, conta que os filhos de alguns dos participantes estão apresentando sintomas depressivos e de ansiedade.
“Eu me solidarizo com aquelas mães que estão trabalhando o dia inteiro e moram em apartamento, e conversando com outras mães, elas relatando que os filhos estão começando a ter algumas questões emocionais, questões psicológicas ou quadros depressivos de ansiedade, porque, afinal, já estão há seis meses isolados dentro de casa.”
A mãe explica que se sentiu “excluída” a partir da flexibilização do comércio e critica a falta de especificações nos decretos emitidos pela Prefeitura de Maringá.
Segundo Vanessa, o objetivo é reunir o grupo de pais junto ao prefeito Ulisses Maia para possam discutir a retomada de atividades de forma a contribuir com o cotidiano ativo das crianças maringaenses, incluindo o retorno das aulas em escolas privadas.
Além disso, Vanessa Bellei questiona o porquê da falta de permissão das escolas particulares de retomarem as atividades educacionais de forma gradual. Segundo ela, as famílias que participam do grupo “pedem muito é a opção de escolha”.
“Na prática, as crianças estão na rua brincando juntas. Eu acho que está faltando uma clareza maior nos decretos e uma regulamentação um pouco melhor, porque está tendo aglomeração. Os shoppings, por exemplo, estão abertos, o comércio está aberto, são locais fechados e as crianças estão entrando. Mas em locais abertos, públicos, não tem nada muito oficial.”
Até o momento da entrevista, o grupo continuava à espera do retorno da Prefeitura de Maringá em relação à reunião com os pais, que também pretendem realizar ações e manifestações sobre o assunto.
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