Segundo o novo boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde de Maringá, a respeito do novo coronavírus, os casos da doença estão se espalhando pela cidade. Apesar da maioria dos casos ainda se concentrar na área central, as notificações têm aumentado com maior intensidade nas áreas norte e sul de Maringá.
Segundo a Secretaria de Saúde, a hipótese é que a expansão territorial dos casos esteja associada ao aumento da mobilidade do maringaense. Por lógica, após a reabertura do comércio e shoppings, o maringaense começou a circular mais pela cidade, levando os casos da Covid-19 para regiões periféricas.
A circulação do vírus em novas áreas da cidade reflete ainda mais o risco da circulação viral comunitária, quando acontece entre pessoas da mesma localidade. Para se ter um ideia do risco, dos seis óbitos relacionados ao novo coronavírus em Maringá, 83% das vítimas não se ausentaram do município.
Entre os 236 casos de Covid-19 confirmados em Maringá, a maioria dos pacientes é mulher, 53%, enquanto os homens representam 47 % dos casos. Em comparação ao último boletim epidemiológico, há uma inversão entre os gêneros.
A maior parte dos pacientes confirmados, 79%, não tem registro de comorbidade e 73% têm entre 20 e 59 anos. Segundo os dados da pesquisa até sexta-feira (22/5), 61% dos casos confirmados de Covid-19 receberam tratamento em hospitais privados.
Diferente do último boletim epidemiológico, o número de pessoas que se recuperaram em Maringá é proporcionalmente menor do que no Paraná. Na cidade, dos 236 casos confirmados, 111 se recuperaram, o que representa 47%.
No Paraná, foram confirmados 2.810 casos. Desse total, 1.608 pessoas estão recuperadas, ou seja, 57% dos pacientes.
Segundo a previsão da Secretaria de Saúde do município, os casos do novo coronavírus começaram a exceder a tendência de crescimento regular no dia 21 de abril. Há duas hipóteses consideradas pela secretaria a respeito do crescimento: o aumento do número de testes e a flexibilização do distanciamento social.
Recentemente, Maringá quadruplicou o número de testes realizados. Em abril, pacientes com sintomas de gripe, ou que não eram considerados graves, não chegavam a ser testados. Era recomendado que eles voltassem para casa e permanecessem em isolamento domiciliar por 14 dias. Caso o quadro não evoluísse, eram considerados descartados. Agora, a maioria das pessoas que busca o atendimento é testada.
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