A 5ª edição da pesquisa “A População em Situação de Rua em Maringá: Desconstruindo a Invisibilidade”, realizada pelo Observatório das Metrópoles em outubro de 2019 trouxe uma novidade. O levantamento incluiu informações sobre os animais que vivem sob os cuidados das pessoas que estão em situação de rua. Do total de animais, 92% são cachorros e apenas 8% são gatos.
A ideia de incluir os animaizinhos no questionário surgiu no ano passado, quando se registrou um aumento de 61% de pessoas em situação de rua em Maringá. Durante o trabalho, pesquisadores foram impedidos por um cachorro de se aproximar de uma pessoa que dormia na calçada. Veio então a ideia de incluir os animaizinhos na pesquisa.
Durante o levantamento, 48 pessoas foram encontradas com algum animal de estimação. Desse numero, quando perguntadas sobre os motivos de ter um animal, cinco responderam ser por questão de segurança. A maioria, 33 pessoas, destacaram a companhia, a amizade, e a parceria dos animais como o principal motivo.
Outras oito pessoas disseram que a razão principal era por amor aos animais. A maioria deles também relatou receber doações e ajuda para alimentação, além de cuidados como vacina e castração dos bichinhos.
Por ser a primeira vez que é coletado dados sobre animais de estimação, não é possível fazer comparativos com anos interiores.
A professora e coordenadora da pesquisa, Ana Lúcia Rodrigues, lembrou que no levantamento tem muitas outras informações sobre o perfil das pessoas em situação de rua em Maringá.
“A íntegra da análise comparativa da pesquisa, das demais informações sobre a população em situação de rua em Maringá, de 2015 a 2019, vai ser apresentada durante a Audiência Pública”, disse.
A Audiência Pública sobre População em Situação de Rua em Maringá, organizada pelo observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá e Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (SASC), vai ser realizada na segunda-feira (9/12) no Auditório Hélio Moreira, anexo à Prefeitura de Maringá, com início às 19h.
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