Assembleia suspende a greve na UEM e define que aulas vão recomeçar na segunda-feira

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A greve na UEM foi suspensa. A decisão foi tomada em assembleia unificada realizada no começo da tarde desta terça-feira (13/8) no Restaurante Universitário (RU). Também ficou definido que as aulas vão recomeçar na segunda-feira (19/8) na Universidade Estadual de Maringá. Um ofício com este entendimento vai ser entregue à Reitoria.

A discussão foi convocada pelos sindicatos depois do Governo do Paraná protocolar na Assembleia Legislativa uma proposta de reposição de 5,08%, com 2% em janeiro de 2020 e o restante parcelado até 2022, para compensar a data-base de 2018/2019.

A assembleia unificada é composta pelo Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), Associação dos Docentes da UEM (ADUEM), Associação dos Funcionários da UEM (AFUEM) e da Seção Sindical dos Docentes da UEM (SESDUEM).

O presidente do Sinteemar, José Maria Marques, considerou que a paralisação foi vitoriosa. “Saímos de uma data-base zero para uma proposta de parcelamento. Conseguimos retirar o projeto de lei número quatro, que congelava as nossas carreiras pelos próximos 20 anos e o salário dos servidores que ganhavam menos que o mínimo regional foi equiparado a este valor”, ponderou.

Marques também destacou que a decisão tomada em assembleia foi pela suspensão da greve na UEM. Isso significa que a mobilização continua, a assembleia permanente vai continuar aberta, e uma nova paralisação pode ser deflagrada na instituição.

A greve na UEM foi deflagrada no fim do mês de junho. E a primeira proposta apresentada pelo governo foi rejeitada pelos servidores.

Depois, em meio a indefinição sobre a renovação do contrato de 104 professores temporários, o Conselho de Ensino e Pesquisa (CEP) aprovou, no dia 1 de agosto, a retomada do calendário acadêmico, que estava suspenso desde o início da greve.

Em meio às discussões sobre os contratos dos professores temporários, ressurgiu a discussão sobre a adesão da UEM ao Meta4. Outro ponto que inflama a discussão é a Lei Geral das Universidades (LGU), que tende a chegar à Assembleia Legislativa no segundo semestre.

Segundo o Governo do Estado, o reajuste de 2% vai representar um aumento de R$ 400 milhões na folha de pagamento do Executivo em 2020.

Para a aplicação do índice total do reajuste, de 5,08%, com a aplicação de uma parcela de 2% em janeiro de 2020 e mais duas parcelas, de 1,5% cada, em janeiro de 2021 e em janeiro de 2022, o impacto total sobre a folha do Executivo é calculado em R$ 2,1 bilhões.


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