Fim do contrato de 104 professores temporários da UEM preocupa Reitoria. Renovação é avaliada pela Seti

UEM conta com 1.557 professores efetivos. O número não é suficiente para suprir a demanda da instituição

  • Os contratos de 104 professores temporários, dos 453 docentes que atuam nesse regime na Universidade Estadual de Maringá (UEM), vencem no dia 31 de julho, segundo informações da Assessoria de Comunicação Social da instituição. 

    Preocupada com a situação, a Reitoria da UEM faz tratativas com o Estado para que tais contratos possam ter seus prazos estendidos. A renovação dos contratos depende de autorização do Governo do Paraná. 

    Nesta quarta-feira (10/7), o reitor Júlio Cesar Damasceno esteve em Curitiba e participou de uma reunião com o Executivo e reitores de outras universidades.

    Segundo informações do assessor de Gabinete da Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), Michel Samaha, os pedidos de renovação dos contratos estão sob a análise da Comissão de Política Salarial (CPS) – comissão governamental que está discutindo as demandas das universidades -, e devem ser deliberados nesta sexta-feira (12/7). Atualmente, há uma demanda de 18 mil horas semanais para a UEM. 

    “A nossa expectativa é que se renovem os contrato, conforme a demanda das universidades, até sexta-feira. Está dependendo da aprovação da carga horária demandada pela CPF. A Seti está trabalhando para tentar fazer com que a CPS aprove em curto prazo para que não cause prejuízo às atividades acadêmicas”, disse.

    Na tarde desta quinta-feira (11/7), a Assessoria de Comunicação Social da UEM informou que “até o momento, a UEM não recebeu nenhuma notificação nem orientação do Governo do Paraná sobre a renovação dos contratos dos temporários”, mas que “a expectativa é pela renovação”. 

    Atualmente, a UEM conta com 1.143 professores efetivos. O número não é suficiente para suprir a demanda da instituição, que depende de docentes temporários para a continuidade do serviço público. 

    A UEM está em greve desde o final de junho, e o calendário acadêmico suspenso. A decisão foi tomada em assembleia unificada composta pelo Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), Associação dos Docentes da UEM (ADUEM), Associação dos Funcionários da UEM (AFUEM) e da Seção Sindical dos Docentes da UEM (SESDUEM).

    Os técnicos e professores da instituição de ensino cobram do Governo do Paraná a recomposição salarial com base na inflação dos últimos doze meses, de 4,94%.

    Apesar da paralisação, o Vestibular de Inverno 2019 vai ser realizado normalmente no domingo (14/7) e segunda-feira (15/7), conforme acordo entre a Reitoria e o Comando de Greve.

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