A partir da segunda quinzena de agosto, alunos do 4º e 5º anos das 51 escolas municipais de Maringá começam a utilizar notebooks em sala de aula. Essa é a previsão da Secretaria de Educação (Seduc). No total, o município adquiriu 1.908 equipamentos, dos quais 53 vão ser utilizados pelos professores. O investimento é de R$ 5 milhões.
De acordo com a gerente de Planejamento e Desenvolvimento Educacional da (Seduc), Rosângela Moura, cada escola vai receber 36 notebooks que ficarão nos laboratórios móveis das escolas. A ideia do projeto é que, com ajuda do software Aprimora da Positivo, os alunos possam melhorar o processo de aprendizagem durante as aulas de português e matemática.
Rosângela Moura explicou que o software permite que o professor acompanhe o desempenho dos alunos. Dentro da plataforma, os estudantes resolvem exercícios das disciplinas e o professor consegue verificar quais as habilidades e dificuldades de cada aluno, Caso necessário, o software também redireciona para exercícios de revisão.
“É um estímulo a mais, porque o aluno tem que fazer parte da evolução. Também é um incentivo, porque eles adoram quando vão para as aulas em laboratório”, afirmou Rosângela Moura. Segundo ela, 6.440 alunos do 4º e 5º anos da rede municipal de ensino vão ter acesso aos notebooks. Cada escola vai montar um cronograma de uso entre as turmas.
A gerente de Planejamento e Desenvolvimento Educacional explicou que os professores participaram de dois dias de capacitação para o uso da ferramenta nas escolas. Outras duas capacitações são previstas para o mês de julho. “Temos aqueles professores que veem a tecnologia como algo que faz parte do cotidiano e outros que estão absorvendo agora, mas é algo motivacional e diferente”, disse.
Os notebooks utilizados pelos professores são da marca HP Probook 440 G5. Os alunos vão usar equipamentos da marca Multilaser. A licitação na modalidade registro de preço, em que o município pode adquirir os produtos de forma parcelada, foi aberta no ano passado. O contrato com a empresa vencedora da licitação encerra em janeiro do próximo ano.
Em 2017, a prefeitura também tentou comprar os equipamentos, mas a licitação ficou quase que totalmente fracassada. Na época, a administração conseguiu adquirir apenas os roteadores para conexão de internet e armários com capacidade para a recarga. A licitação também foi questionada pelo Observatório Social de Maringá que pediu a impugnação da concorrência.
Entre os problemas apontados, o Observatório constatou que o processo administrativo da licitação tinha orçamentos desatualizados, coletados em 2016, e fora do prazo de validade.
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