Compra de computadores portáteis e aplicativos para a rede municipal de ensino é fracassada

  • Com perspectiva de investir até R$ 4,8 milhões na aquisição de notebooks para professores, netbooks para estudantes, aplicativos de Matemática e Língua Portuguesa, armários e roteadores, a licitação aberta pela Prefeitura de Maringá restou, quase que totalmente, fracassada.

    Após 2h30 de reunião, para analisar as empresas e as propostas de preço da concorrência, por tomada de preços, a administração municipal conseguiu fechar apenas a aquisição de 53 roteadores, para garantir a conexão de alunos e professores com a internet, e 53 armários com capacidade para a recarga de até 35 netbooks ou 48 tablets.

    Os equipamentos serão fornecidos pela empresa  W. O Rigo Filho – Informática ME. O valor total do contrato é de R$ 368,35 mil. Os equipamentos poderão ser comprados oficialmente dentro do prazo de um ano, já que a licitação foi na modalidade de tomada de preços.

    Para adquirir os notebooks, netbooks e aplicativos voltados ao desenvolvimento dos alunos, a administração municipal terá de abrir uma nova concorrência.

    Com licitação fracassada, prefeitura poderá atender ao Observatório Social

    Um dia antes de realizar a licitação para a compra dos equipamentos de informática e aplicativos para a rede municipal de ensino, o Observatório Social de Maringá pediu a impugnação da concorrência.

    A Prefeitura de Maringá recusou o pedido de impugnação. Entre os problemas apontados, o Observatório contatou que o processo administrativo da licitação tinha orçamentos desatualizados, coletados em 2016, e fora do prazo de validade.

    Também foram percebidas divergências entre as especificações técnicas do termo de referência e a descrição de alguns itens usados na formação do preço.

    Isto significa, segundo o observatório, “que o suposto preço de mercado, que a administração admite pagar para alguns materiais, foi calculado com base em orçamentos apresentados para objetos com características distintas das constantes no termo de referência.”

    Outro problema é que os netbooks descritos no edital apresentavam especificações técnicas que não são mais encontradas no mercado.

    Em pesquisa, o Maringá Post constatou que a maioria das empresas deixou de fabricar netbooks. Os poucos achados à venda possuem preço muito semelhante aos mais modelos mais simples notebooks.

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