Oito dias após o acidente na UniCesumar que resultou na morte de Natália Meira Celeste, aluna de engenharia civil e estagiária da construção do Bloco 12, a Prefeitura de Maringá informou nesta sexta-feira (24/5) por meio de nota à imprensa que a “construção do bloco foi iniciada sem o correspondente alvará de projeto e execução”.
A obra foi embargada pela Prefeitura de Maringá no dia seguinte à queda de uma laje do quinto pavimento do prédio. O acidente na UniCesumar aconteceu durante a instalação dos pré-moldados, o que provocou um desabamento em efeito cascata na construção.
A UniCesumar destacou em nota à imprensa que havia apenas questões administrativas a serem resolvidas para a concessão do alvará. “A instituição declara que o documento é uma medida administrativa e não reflete no ocorrido”, diz trecho da nota.
Por meio da assessoria de imprensa, a Prefeitura de Maringá ainda não confirmou se vai aplicar alguma multa ou penalidade ao centro universitário por causa do início da obra sem o alvará de construção aprovado. A administração municipal se pronunciou apenas por meio de uma nota, que segue abaixo.
“A Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Planejamento, informa que a Unicesumar solicitou alvará de construção do bloco de ensino em agosto de 2018. Em novembro, o pedido foi indeferido por insuficiência de documentos para orientar a análise. A empresa foi notificada dessa decisão. Novo pedido só foi protocolado em março deste ano e está sob análise. O prazo médio para manifestação da Seplan sobre pedido é de 90 a 100 dias. Portanto, a construção do bloco foi iniciada sem o correspondente alvará de projeto e execução.”
A UniCesumar confirma o primeiro protocolo em agosto e justifica que havia apenas pendências de documentos e outras intervenções em análise. Veja abaixo a íntegra da nota divulgada pela instituição de ensino na tarde desta sexta-feira (24/5).
“A UniCesumar informa que, sobre o Alvará protocolado no dia 29 de agosto de 2018, foi solicitada pela Administração Pública a complementação de documentos referentes ao projeto, como a unificação cadastral de lotes, dimensionamento de área de preservação permanente, ponte de acesso ao campus, atualização do RIV (que posteriormente foi informado que não seria necessário), captação de água da chuva, ou seja, nenhuma irregularidade de projeto de edificação foi apontada. A Instituição declara que o documento é uma medida administrativa e não reflete no ocorrido.
Todas as exigências relacionadas à segurança, como ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), liberações de demais órgãos competentes e equipamentos de segurança, estão de acordo e em dia, bem como foi contratada uma das maiores e mais experientes construtoras do país referente ao modelo construtivo, que inclusive já realizou outras obras para a instituição sem nenhuma intercorrência.
A Polícia Científica e os órgãos competentes estão avaliando as causas do ocorrido e a Instituição tem acompanhado e contribuído com as informações necessárias para que tudo seja esclarecido, tendo em vista que o principal interesse é encontrar as razões da queda de um painel de laje de 10m², que ocasionou o acidente, a fim de manter o que sempre foi motivo de preocupação institucional: a segurança da comunidade acadêmica.”
A deficiência na fiscalização da Prefeitura de Maringá sobre grandes obras na cidade foi um dos temas abordados pela Jovem Pan nesta sexta-feira (24/5).
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