A realização de um concurso público para a contratação de mais funcionários é apontada como prioridade pela nova superintendente do Hospital Universitário de Maringá (HUM), Elisabete Mitiko Kobayashi, que assumiu o cargo há menos de 20 dias, após vencer as eleições para a gestão da unidade.
“Nossa prioridade e preocupação é o quadro de funcionários. Só no mês de fevereiro, 22 profissionais foram aposentados. Estimamos que nos próximos seis meses vamos perder mais funcionários ainda. As pessoas estão acelerando o processo de aposentadoria com medo da reforma da previdência”, afirmou a superintendente em entrevista divulgada pela Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Ao mesmo tempo em que busca um mapeamento vai completo sobre a estrutura do HUM e do déficit de funcionários, Elisabete busca uma agenda positiva junto à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), deputados da região e o Conselho Regional de Medicina (CRM), que deu prazo para melhorar as condições de trabalho no Pronto Atendimento.
“Estamos tentando ampliar os contatos, melhorar o diálogo com as lideranças locais e estaduais para ver se despertamos um olhar um pouco mais aguçado em relação ao HUM no sentido de nos ajudar a crescer”, disse Elisabete.
A superintendente deve se encontrar nos próximos dias com o chefe da 15ª Regional de Saúde, Ederlei Alkamin, para destacar as prioridades em relação à equipamentos e estrutura, bem como abrir o diálogo para a concretização de novas parcerias.
Elisabete também se encontrou com deputados estaduais de Maringá. “O deputado Do Carmo, sempre muito preocupado com o HUM e o Hemocentro, e ainda mantivemos contato com a assessoria do Dr. Batista, que nos prometeu trabalhar no sentido de conseguir algumas coisas, como uma ambulância, se possível nova, pois a nossa já está sucateada”, disse.
A médica também conversou com o novo diretor administrativo Hermes Barboza, no Conselho de Orçamento do Estado, para discutir a LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias.
“Mostramos que é necessário realizar concursos, mostramos a situação de contratação temporária de credenciados e o consequente déficit de recursos para compra de equipamento”, resumiu a superintendente.
A crise nos Hospitais Universitários se acirraram após a retenção de 30% dos recursos destinados a estas instituições. “Há uma lei que diz que não se pode reter recursos da saúde e da educação. Estamos lutando para resgatar esse montante. O Conselho de Orçamento foi bem receptivo em relação a isso. Provavelmente, eles vão programar uma audiência pública para nos dar uma força nesta questão”, disse.
Em relação ao indicativo de interdição ética do Pronto Atendimento, feita pelo CRM no final do ano passado, Elisabete teve um encontro com o conselheiro Carlos Naufel, que é da área da defesa profissional.
“Fui conversar com o conselheiro para adiantar os nossos esforços em relação à melhoria das condições de atendimento médico”, explicou a doutora.
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