A revitalização do Eixo Monumental de Maringá, como é chamada a área entre a Praça da Catedral e o Estádio Willie Davids, vai começar a sair do papel no início do próximo ano. É o que prevê a administração municipal, que quer a Praça Raposo Tavares revitalizada até setembro de 2020, antes das eleições municipais.
Nesta terça-feira (2/4), arquitetos da empresa Natureza Urbana Planejamento Integrado, de São Paulo, vencedora do concurso de arquitetura organizado para escolher o melhor projeto para revitalização do Eixo Monumental, estiveram em Maringá para realizar uma visita técnica no trecho de 1,8 km.
A empresa foi contratada para fazer os projetos executivos e nesta primeira visita a Maringá também participou de reuniões com secretários municipais e representantes da sociedade organizada como o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem). Eles começam a detalhar aspectos como largura de vias, cruzamentos, mobilidade, impacto econômico e outros.
Segundo o arquiteto e sócio-fundador da Natureza Urbana, Pedro Lira, o ante projeto e o projeto executivo de todas as fases de revitalização do Eixo Monumental vão ficar prontos no segundo semestre desse ano. É quando a prefeitura vai poder dar início à licitação para contratar as obras de revitalização da Praça Raposo Tavares.
O arquiteto adiantou que a ideia é reunir elementos relacionados à prática de atividades esportivas, contemplativas e comerciais no projeto de revitalização das praças. “A gente vai ter, certamente, quiosques, algum equipamento esportivo, que pode ser uma pista de skate ou quadra e também estamos trabalhando com elementos com água”.
De acordo com o diretor-presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maringá, (Ipplam), Edson Luiz Cardoso Pereira, a previsão é que as obras na Praça Raposo Tavares sejam entregues antes do período eleitoral em 2020. Outro espaço com previsão de ser revitalizado em 2020 é a área pública, atualmente ocupada por um estacionamento, entre as avenidas Horácio Raccanello Filho e Prefeito João Paulino Vieira Filho.
Num segundo momento, também vão ser realizadas as intervenções nos trechos entre a Praça Raposo Tavares e a Praça da Catedral, além da Travessa Jorge Amado, ao lado do Mercadão de Maringá.
A previsão é que juntas, todas as obras vão custar cerca de R$ 50 milhões, mas não há estimativa de quando todo o eixo deve ser concluído.
O diretor-presidente do Ipplam afirmou que a revitalização do Eixo Monumental vai se estender pelas próximas gestões municipais. “Esse é um projeto para a cidade, não é projeto de um prefeito. Tem todo um trâmite burocrático que não se vence em uma gestão”.
Projeto privilegia o pedestre e reduz estacionamentos
O projeto vencedor da revitalização do Eixo Monumental privilegia o pedestre e o convívio entre as pessoas na área central da cidade.
“No futuro, a gente imagina que o desejo das pessoas não vai ser pegar o carro, parar na frente de uma loja, comprar algo e ir embora. As pessoas vão começar a percorrer mais o eixo e, ao permanecer mais tempo, os próprios imóveis de serviços vão ser valorizados”, considerou o arquiteto Pedro Lira.
Apesar de haver uma previsão de eliminação de vagas de estacionamento ao longo da Avenida Getúlo Vargas, o diretor-presidente Ipplam, Edson Luiz Cardoso Pereira, afirma que não vai haver uma redução significativa no número de vagas no centro.
“Foram criados bolsões de estacionamentos dentro do projeto e como se tratam mais de praças, é apenas um trecho de avenida que vai perder vagas, o número de vagas [reduzidas] não ficou significativo”, explicou.
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