Prefeitura de Maringá notifica GT Foods a apresentar documentos após constatação de mau cheiro

GT Foods, localizada próximo a BR -376, saída para Mandaguaçu, é apontado como “uma fonte importante de mau cheiro”.

  • Fiscais e técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e Bem-Estar Animal (Sema) notificaram a empresa GT Foods após a identificação de “irregularidades em área de produção e descarte de resíduos oriundos do processo do abate”.

    O complexo industrial da GT Foods, localizado próximo a BR -376, saída para Mandaguaçu, foi apontado pelos fiscais como “uma fonte importante de mau cheiro”, situação que tem incomodado a comunidade com mais intensidade desde dezembro do ano passado. A fiscalização na GT Foods foi feita após relatos de moradores na Ouvidoria Municipal, no telefone 156.

    A prefeitura informou que os fiscais e técnicos comprovaram “ineficiência na função dos biofiltros responsáveis pela contenção de resíduos gerados pela fábrica de farinha, o que provoca emissão na atmosfera de partículas condutoras de mau cheiro”.

    Também constataram que “lagoas utilizadas para o tratamento de resíduos oriundos do processo produtivo estão em processo de esvaziamento há mais de 30 dias e ainda não foi concluído. Isso também é fonte de mau cheiro”.

    A empresa foi notificada pela Sema a fornecer documentos detalhando práticas para minimização de odores em toda a planta produtiva, ficha técnica do biofiltro existente na fábrica de farinha e de óleo, Plano de Controle Ambiental protocolado junto ao Instituto Ambiental do Paraná e cópia do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que a empresa teria firmado com o IAP.

    No TAC, cujo prazo ainda estaria em vigor, a empresa teria se comprometido em realizar melhorias ambientais no sistema de tratamento de efluentes industriais. De acordo com a notificação, a empresa tem cinco dias úteis, a contar desta sexta, (1/2), para apresentar os esclarecimentos solicitados.

    Para apresentar um quinto documento, o estudo de Modelagem de Dispersão Atmosférica de Odores, o que inclui sua dispersão por áreas residenciais, o prazo é de 90 dias.

    Maringá Orgânicos foi embargada

    Desde o início de dezembro, a Secretaria do Meio Ambiente rastreia a origem do mau cheiro relatado por moradores de diversos pontos da cidade.

    O contato direto com cada morador refinou a área de investigação e e um estudo do comportamento dos ventos fornecido pela estação climatológica da UEM auxiliou o trabalho.

    A investigação resultou na interdição da empresa de compostagem Maringá Orgânicos na zona norte da cidade, impedida de receber resíduos orgânicos até que cumpra exigências para resolver o problema do mau cheiro exalado durante o processo produtivo.

    A empresa ampliou área de produção e exatamente nesse espaço deixou de cumprir a exigência de isolá-lo com uma fila de árvores. A cobertura vegetal do entorno é decisiva para conter o mau cheiro.

    Parte da matéria-prima utilizada pela empresa de compostagem era fornecida pelo abatedouro de aves. A Sema também quer saber qual a destinação atual desse material, considerando o embargo em vigor.

    Além da empresa de compostagem, outras nove empresas foram notificadas a dar explicação sobre o cumprimento de normas para conter mau cheiro.

    Confira a nota de esclarecimento da GT Foods

    • Reportagem atualizada na sexta-feira (1/2), às 11h40, com a inclusão da nota de esclarecimento da GT Foods. 

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