Os foliões maringaenses podem ficar tranquilos, o Carnaval em Maringá na região central da cidade também está garantido. Apesar da prefeitura decidir terceirizar a organização da festa na cidade e concentrar parte da folia na Zona 10, a parceria com os blocos carnavalescos será igual ao ano passado. As informações são do secretário de Cultura, Miguel Fernando.
Segundo o secretário, cada bloco poderá definir o percurso, junto com a organização do evento, e encerrar na Vila Olímpica, por exemplo, como ocorreu no ano passado. Para 2019, a prefeitura também abriu edital que prevê a terceirização do Carnaval em Maringá e anunciou um local diferente para a festa que foi batizado de Sambrando. Fica localizado na Avenida Reitor Rodolfo Purpur, na Zona 10.
Por causa do novo local, surgiram dúvidas sobre a realização da folia na região central da cidade. Após o prefeito Ulisses Maia (PDT) ter anunciado a terceirização do Carnaval em Maringá no Twitter, vários seguidores criticaram a decisão da prefeitura por acharem que o evento não iria mais ocorrer no centro da cidade.
Olha esse lugar, deslocado do centro e do fervo das pessoas
CARNAVAL DE RUA tem que acontecer no coração da cidade!!
Ou vamos encarar isso como uma medida para tirar as pessoas espaços PÚBLICOS!
Eu teria vergonha em anunciar a terceirização de um projeto MUNICIPAL de tal sucesso— crystal (@helocizeskii) January 15, 2019
Porém, o secretário de Cultura, Miguel Fernando, explicou que o Sambrando é um crescimento do projeto [de Carnaval] em outra área da cidade” e que os blocos podem desfilar na região central. A ideia, segundo ele, é fazer algo similar ao que ocorre em outras cidades, com diversos eventos de carnaval ocupando vários espaços da cidade.
Outra dúvida, era se os blocos teriam a estrutura básica fornecida sem nenhum custo caso optassem por desfilar na região central da cidade. O edital de terceirização estabelece que a empresa vencedora deve viabilizar trio elétrico sem custo apenas para os blocos que desfilarem dentro do espaço “Sambrando”.
Segundo o edital, os blocos que optassem pelo percurso urbano deveriam obter as licenças e arcar com todos os custos. Os grupos não fariam parte do “guarda-chuva de eventos do Carnaval” e seriam considerados “projetos independentes”.
Porém, segundo Miguel Fernando, o edital para terceirização do Carnaval é “aberto” e a empresa vencedora poderá ampliar os serviços e também ofertar trio elétrico para blocos que fizerem percurso na região central. De acordo com ele, se a empresa não disponibilizar a estrutura básica, a prefeitura vai custear o desfile dos blocos.
“Se a empresa chega a conclusão que não vai apoiar os blocos fora do percurso, nós, enquanto Secretaria de Cultura, estamos com apoio pronto para todos os blocos. Fizemos reunião nessa semana para disponibilizar o trio elétrico e a estrutura básica para que eles possam desfilar pela cidade sem problema nenhum”, disse o secretário sem estimar quanto o apoio deve custar para a prefeitura.
Programação será divulgada em janeiro
O secretário de Cultura, Miguel Fernando, disse que a programação e o percurso dos 10 blocos inscritos para desfilar na cidade devem ser divulgados ainda no mês de janeiro. O que se sabe, é que não irá haver concentração ou palco próximo a Avenida Colombo.
No ano passado, a Polícia Rodoviária Federal, responsável pela segurança da avenida, informou que não havia sido avisada com antecedência sobre a festa na Vila Olímpica e que não teria efetivo para garantir a segurança no local. Um gradil foi instalado na Colombo, entre as avenidas Duque de Caxias e Herval, para impedir a travessia dos pedestres.
“O trio poderá parar na Vila Olímpica, mas na parte de cima, distante da Avenida Colombo. Possivelmente, um gradil será instalado para evitar que as pessoas atravessem fora da faixa de pedestres”, afirmou Miguel Fernando.
Espaço Sambrando depende de interessados
De acordo com Miguel Fernando, o edital que prevê a terceirização do espaço Sambrando para o Carnaval em Maringá é uma experiência. “A gente não sabe se vai dar certo e, se não der certo, não prejudica o carnaval porque já estamos trabalhando com os bloquinhos e os percursos”.
A empresa que ficar responsável pelo espaço Sambrando deve fornecer ao menos uma atração cultural por dia de evento, para apresentações de até 3 horas no palco principal, podendo ser grupos musicais, conjuntos, bandas de carnaval ou artistas independentes que atuaram em outros eventos carnavalescos.
A exploração do espaço poderá ser feita no pré-carnaval, no dia 23 de fevereiro, durante o Carnaval, entre os dias 1 e 4 de março, e no pós-carnaval, no dia 9 de março.
As empresas interessadas tem a até o dia 28 de janeiro para apresentar as propostas da festa. Além de requisitos vinculados à segurança dos foliões e contratação de atrações para animar os foliões, as empresas vão ser selecionadas pelo porcentual de repasse do valor bruto arrecadado ao município. O mínimo exigido é de 5%.
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