A zootecnista que preside a Sociedade Rural de Maringá (SRM), Maria Iraclézia de Araújo, é a vencedora do Prêmio Acim Mulher 2019. A escolha foi na quarta-feira à noite (28/11) e ela soube da notícia por telefone. Na manhã desta quinta-feira (29/11), ela participou de um debate sobre agronegócio no Parque de Exposição de Salvador (BA).
A data da entrega da homenagem ainda não foi marcada, o que será definido por Iraclézia com as conselheiras da Acim Mulher, que organizam o prêmio. A escolha foi feita por uma comissão julgadora composta por representantes de cinco entidades, que votou em candidatas que tiveram indicações feitas por 21 entidades.
Iraclézia é a primeira mulher a ocupar a presidência de uma sociedade rural do país. Ela presidiu a SRM nas gestões de 2008-2010, 2010-2012, 2015-2017 e permanece à frente da entidade. É produtora rural, executiva da Super Propaganda e vice-presidente da Comissão Estadual de Exposições e Feiras Agropecuárias.
Como presidente da SRM, Iraclézia é a principal organizadora da Expoingá, uma das maiores feiras do setor no país, responsável por movimentar o agronegócio em toda a região. Ela também se dedica a trabalhos sociais. Apenas nos dois últimos anos, foram arrecadados 120 toneladas de alimentos e 60 mil produtos de higiene pessoal para entidades sociais.
O Prêmio Acim Mulher foi criado em 2004. Para ser uma das vencedoras, é necessário ter domicílio em Maringá, participar da sociedade, ter desenvolvido atividade, pesquisa, produto ou projeto destaque que apresente soluções para área em que atua ou servir de modelo para outras iniciativas.
Leia entrevista feita por WhatsApp:
MP – O prêmio Acim Mulher escolhe mulheres que participam, ativamente, na sociedade. Por que você acha que foi a escolhida para ser homenageada?
Iraclézia – Eu acredito muito na força da cidadania e no trabalho coletivo em prol de objetivos que façam a nossa sociedade se desenvolver com mais igualdade e oportunidade para todos. Sempre pautei minha vida por estes princípios, mantendo-me ativa em muitos trabalhos voluntários, seja atuando em entidades representativas de diversos setores ou no campo social. Creio que foi pelo reconhecimento a este meu perfil que fui escolhida.
MP – Para você, o que significa receber esse prêmio?
Iraclézia – É uma satisfação imensa e fico muito grata àqueles que reconheceram o meu nome como alguém que está fazendo algo positivo e contribuindo para desenvolvimento da nossa comunidade. Faço meu trabalho com envolvimento, porque acredito que é a forma de termos uma sociedade melhor.
MP – Você foi a primeira mulher a ser presidente de uma sociedade rural no Brasil. Na sua opinião, qual a importância de destacar a mulher como protagonista em todos os setores?
Iraclézia – Eu penso que a mulher deve estar presente em todos os setores, assumindo um papel também de representação, pois só assim vamos ter ideias, debates, projetos, resoluções para a nossa sociedade mais plurais. A mulher precisa colocar a sua voz em todas as áreas, afinal, somos 51% da população de nosso país. Precisamos ser ouvidas e respeitadas.
Na última edição do prêmio, a homenageada foi a dermatologista Sineida Maria Berbert Ferreira. Também já foram homenageadas, em ordem cronológica:
- Edna Almodin (Oftalmologista)
- Irmã Cecília Ferrazza (Lar Escola da Criança de Maringá)
- Pity Marchese (Haddock Buffet)
- Fátima Zubioli (O Casulo Feliz)
- Helena Meneguetti Hizo (Steviafarma)
- Natália Martin (Centro Comercial Tiradentes)
- Jeane Nogaroli Guioti (Cooper Card)
- Márcia Angeli (Academia Márcia Angeli)
- Cida Martins (Martins Decorações)
- Teresa Furquim (Dental Press)
- Anália Nasser (Hospital e Maternidade Maringá)
- Agma Sendeski (Aquário)
- Eliza Shiozaki (Colégio São Francisco Xavier)
- Myrian Recco (Recco Lingerie)
- e Sineida Maria Berbert Ferreira
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