Síndromes respiratórias disparam no Paraná e quase metade dos casos atingem crianças

O aumento de casos pode ser explicado pela variação de clima e o tempo seco, combinação registrada nos últimos dias no estado.

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    Com a queda das temperaturas e o tempo seco registrados nos últimos dias, o Paraná enfrenta um aumento expressivo nos casos de síndromes respiratórias, principalmente entre crianças.

    Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), quase metade dos atendimentos por doenças respiratórias em 2024 — cerca de 49,8% — foram destinados a pacientes com menos de 12 anos.

    O crescimento dos casos não está diretamente ligado ao frio, mas sim a comportamentos comuns nesta época do ano, como o fechamento de janelas e a falta de ventilação nos ambientes. Essa prática favorece a concentração de vírus e facilita a transmissão entre as pessoas, especialmente em locais com alta circulação de crianças, como creches e escolas.

    O sistema imunológico em desenvolvimento, a exposição frequente a outros infectados e hábitos de higiene ainda em formação tornam o público infantil mais vulnerável a infecções respiratórias. No Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, os atendimentos por síndromes respiratórias dobraram entre março e abril deste ano. Até a segunda semana de maio, os diagnósticos mais frequentes foram bronquiolite (586 casos), pneumonia (579), Influenza A (287) e infecções pelo vírus sincicial respiratório (237).

    Diante do avanço dos casos, o Governo do Paraná anunciou a abertura de 58 novos leitos voltados ao atendimento de síndromes respiratórias, distribuídos entre Curitiba, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu.

    Prevenção e cuidados

    A principal forma de prevenção segue sendo a vacinação. O imunizante contra o vírus Influenza está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos 399 municípios do estado para pessoas a partir dos seis meses de idade.

    Além da vacina, a orientação é manter os ambientes bem ventilados, usar máscara em caso de sintomas, reforçar a higiene das mãos e evitar o envio de crianças com sintomas respiratórios para a escola, reduzindo a propagação das doenças.

    Sinais de alerta

    Os responsáveis devem ficar atentos a sintomas como febre persistente, tosse, dificuldade para respirar e respiração acelerada — especialmente em bebês, que também podem apresentar sonolência excessiva e recusa alimentar. Nesses casos, é fundamental procurar atendimento médico para diagnóstico precoce e início do tratamento adequado, evitando o agravamento do quadro.

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