O anúncio foi feito por Edson Scabora (MDB), em vídeo publicado nas redes sociais nessa quinta-feira (11). De acordo com ele, 590 crianças aguardam a confirmação de suas matrículas para o mês de janeiro, enquanto oferta de vagas por conta do credenciamento de instituições privadas é de quase mil.
Por Victor Ramalho
Maringá zerou, tecnicamente, a fila de espera por vagas em creches para crianças de 0 a 3 anos de idade. O anúncio foi feito pelo vice-prefeito de Maringá, Edson Scabora (MDB), em vídeo publicado nas redes sociais nessa quinta-feira (11). Na gravação, o vice-prefeito aparece ao lado da secretária de Educação, Nayara Caruzzo, durante a cerimônia de apresentação dos novos uniformes da rede pública de ensino.
No pronunciamento, Scabora afirmou que, atualmente, 590 crianças aguardam a confirmação de suas matrículas na rede municipal de ensino, cujo processo deverá ser retomado no dia 22 de janeiro. No entanto, a atual oferta de vagas para esta faixa etária no município é de quase mil, resultado do credenciamento de instituições de ensino privadas que vendem vagas para a Prefeitura de Maringá.
“Pela primeira vez na história da nossa cidade, nós temos 590 crianças para serem matriculadas, mas temos ofertadas quase mil vagas. Ou seja, pela primeira vez, nós temos mais vagas do que crianças para serem matriculadas”, disse o vice-prefeito. Ao Maringá Post, Scabora afirmou que “além de zerar”, o município “está dobrando vagas”.
O último credenciamento de instituições privadas foi feito em março de 2023, de acordo com dados do Portal da Transparência. Na ocasião, o município comprou 1.000 vagas para crianças de 0 a 3 anos em creches particulares, ao custo total de R$ 16 milhões em um contrato de 12 meses. Pelo contrato, a cidade paga R$ 1.336 de mensalidade por criança.
De acordo com dados da Secretaria Municipal de Educação (Seduc), fornecidos ao Maringá Post em abril de 2023, Maringá comprou 8.311 vagas de janeiro de 2021 até 2023, em um investimento de pouco mais de R$ 54 milhões. Ao todo, são 25 instituições credenciadas para venderem vagas para a cidade atualmente.
O credenciamento de instituições particulares foi uma das medidas adotadas pela atual administração para contornar o problema das filas por vagas em creches. Quando Ulisses Maia (PSD) assumiu o mandato, em 2017, a fila era de aproximadamente 5 mil crianças, conforme dados divulgados na época. Em 2018, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) chegou a ajuizar uma ação civil, solicitando que o município tomasse medidas para solucionar o problema da fila.
O dinamismo da fila
Em contato com o Maringá Post nesta sexta-feira (12), a secretária de Educação de Maringá, Nayara Caruzzo, explicou que a fila por vagas é dinâmica e está sujeita a alterações diariamente. “Nesse momento, a fila está zerada. Contudo, esse número é dinâmico e cresce todos os dias, pois o processo de matrícula ainda está em aberto”, disse.
A secretária também lembrou que, mesmo com a oferta de vagas, há famílias que preferem seguir na fila para buscarem o encaixe das crianças em Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) do próprio município ou outras instituições de sua preferência.
“Além disso, ainda temos as famílias que não aceitam ir para as instituições privadas e com isso, optam por permanecer nas filas dos CMEIs. Mas hoje, todas as crianças que estão na fila terão ofertadas vagas nas instituições privadas, conveniadas pelo projeto de compra de vagas”, explicou.
Imagem Ilustrativa/Arquivo/PMM
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