Na manhã desta terça-feira (10), na sessão ordinária na Câmara de Maringá, uma série de vereadores expressaram suas preocupações e demandas em relação aos recentes problemas causados pelo forte temporal que atingiu a cidade.
O vereador Altamir dos Santos foi o primeiro a tomar a palavra, demonstrando sua indignação pelos prejuízos causados pelo temporal, principalmente pela queda de árvores – entre as quais, muitas delas, já tinham pedido de remoção na prefeitura. Ele lembra que, em agosto deste ano, o secretário de Limpeza Urbana, Paulo Gustavo Ribas, esteve na Câmara e prometeu zerar a fila de remoção de árvores em Maringá.
“Se ele [Paulo Gustavo Ribas] tivesse tirado essas árvores bem antes, se ele tivesse feito um plano de manejo – que ele não fez – teria amenizado esse problema,” disse o vereador Altamir dos Santos. “Então nós aqui, vereadores, temos que tomar uma atitude. Eu acho um absurdo o que veio a acontecer na nossa cidade”.
Na sequência, a vereadora professora Ana Lúcia se manifestou sobre o temporal e evidenciou um de seus projetos que podem ajudar a enfrentar futuras tragédias climáticas em Maringá.
“Hoje foi aprovado o meu projeto de lei que institui diretrizes para a execução da política municipal de transição de transição e substituição das redes áreas de fiação em Maringá por redes de fiação subterrânea”, expõe a parlamentar. “Nós sabemos que a implantação efetiva da transição para o cabeamento subterrâneo não será fácil. Mas, as soluções fáceis, nós vamos deixar para os fracos”.
Segundo a vereadora, a instalação da fiação subterrânea não é apenas uma maneira de prevenir catástrofes climáticas e priorizar a segurança da população, mas também tornará Maringá uma cidade resiliente que se adapta a esses desafios.
Em seguida, o vereador Sidnei Telles reforçou a necessidade do município se preparar para uma situação emergencial do meio ambiente.
Ele lembra que, há dois anos, Maringá passou por um cenário parecido, quando um temporal causou diversos estragos. Como solução, ele sugere que seja feita uma parceria entre o poder público com a iniciativa privada.
“Eu sugeri que nós tivéssemos uma parceria público-privada para resolver o problema, porque a nossa equipe, por mais que os nossos funcionários se dediquem, nós não vamos conseguir, de jeito nenhum, retirar todas as árvores que já deveriam ter sido retiradas”, explica Sidnei Telles.
O vereador Paulo Biazon também sugeriu que uma união entre o Poder Público e Privado poderia ajudar a resolver essa situação.
“Já apresentamos um projeto onde o Privado possa ajudar a Prefeitura. […] O Poder Público vai economizar e vai acelerar a retirada dessas árvores. Então a gente tem que trabalhar junto aqui, em conjunto, para que a gente não seja, mais uma vez, 15 vereadores passados para trás – ou pela Copel ou pela má administração de um serviço que é essencial no nosso Município”, declara o vereador.
O vereador Mario Verri enfatizou a importância de ações para prevenir os desastres climáticos, para que essas tragédias possam ser evitadas.
“Nós temos que antecipar o problema. Nossa cidade está com quase 80 anos, as árvores têm esse tempo, os bosques são antigos, e se não cuidar, vai ter morte”, alerta Mario Verri. “Nós poderíamos ter antecipado, porque muitas dessas árvores já têm o pedido [para remoção] que ela estava correndo risco e que as pessoas corriam o risco. Se não fizer uma coisa séria na questão do manejo, nada vai acontecer”.
Outros vereadores também expressaram a preocupação e demandas em relação aos recentes problemas causados pelo temporal em Maringá. Veja o vídeo completo da sessão abaixo:
Foto: CMM
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