“Vamos ouvir primeiro o que as pessoas precisam”, afirma Silvio Barros sobre propostas para a disputa do Executivo

Pré-candidato à Prefeitura de Maringá pelo Progressistas, o ex-prefeito da Cidade Canção evita fazer uma avaliação da atual administração municipal, mas também elege a Segurança Pública como aquilo que mais lhe preocupa. 

  • Pré-candidato à Prefeitura de Maringá pelo Progressistas, o ex-prefeito da Cidade Canção evita fazer uma avaliação da atual administração municipal, mas também elege a Segurança Pública como aquilo que mais lhe preocupa.

    Por Victor Ramalho

    Prefeito de Maringá entre 2005 e 2012, Silvio Barros II (Progressistas) está sempre no radar da disputa pelo Executivo. Após ter sido derrotado pelo atual prefeito Ulisses Maia (PSD) no segundo turno, em 2016, Barros chegou a colocar uma pré-candidatura em 2020, mas não chegou a concorrer, com o Progressistas lançando, na ocasião, a candidata Coronel Audilene Rocha.

    Para 2024, no entanto, o nome de Silvio Barros volta a ser ventilado e, neste momento, colocado novamente como pré-candidato do grupo que ficou mais tempo no poder na cidade no século XXI. Nesta segunda-feira (9), ele conversou com o Maringá Post, para participar da Série de Entrevistas com os pré-candidatos à Prefeitura de Maringá.

    No momento, Silvio têm a função de coordenar o plano de governo do Progressistas para a disputa do Executivo. Conforme anunciado pelo presidente do partido em Maringá, Ricardo Barros, a legenda terá candidatura própria à Prefeitura no ano que vem. O trabalho, iniciado na última semana, envolve visitas aos bairros, para entender as necessidades do maringaense.

    De acordo com Silvio Barros, desta conversa com as pessoas ele decidirá sobre a provável candidatura. “Digamos que estou avaliando a possibilidade e a viabilidade. Vou começar uma série de reuniões nos bairros para preparar o plano de governo do candidato Progressista para 2024 e verificar se tenho o perfil que os eleitores desejam para depois tomar a decisão. Mais do que minha pretensão ou não, importa a opinião de quem decide, o eleitor”, resumiu.

    Diferente de outras legendas, o Progressistas ainda não se articula publicamente na construção de uma coligação pensando em 2024. Enquanto os partidos tidos de esquerda em Maringá se juntaram em uma coalisão, formada por PT, PDT, PV, PCdoB, PSOL, Rede, Cidadania e Solidariedade, dois partidos da ala mais conservadora firmaram um “pacto de sangue”, no caso, PL e União Brasil.

    Silvio considera que ainda é cedo para falar em qualquer movimento nesse sentido para o ano que vem. “Muito cedo para isso (falar publicamente sobre coligações). Existem possibilidades, mas ainda estamos sendo sondados e fazendo sondagens”, afirmou.

    O pré-candidato evita fazer uma avaliação da atual administração e reforça que esse papel “cabe aos cidadãos”. No entanto, ele aponta a Segurança Pública como eixo que mais lhe preocupa. De acordo com ele, um caminho para resolver essa questão é ter o apoio das entidades mais próximas do setor, citando nominalmente o Conselho Comunitário de Segurança (Conseg).

    “A minha avaliação não é muito relevante, depois de percorrer os bairros vamos saber qual a avaliação dos cidadãos, e esta sim é importante. […] Mas tenho uma opinião pessoal, daquilo que mais me preocupa, e para mim é a questão da segurança pública. Temos crises cíclicas de aumento de violência e isso produz inquietude social. Quanto a solução, o que eu faria seria recorrer a quem é especialista no assunto e tem compromisso moral e emocional com a cidade, neste caso o CONSEG. Recorreria a eles para encontrar a melhor solução e a mais viável para o momento”, disse.

    A gestão Silvio Barros II à frente da Prefeitura de Maringá, entre 2005 e 2012, foi marcada por mudanças na infraestrutura urbana, com a realização de grandes obras no setor. Foi neste período, por exemplo, que a cidade viu o maior número de construções de CMEIs no século XXI. Perguntado se já tem em mente projetos que gostaria de executar caso seja eleito em 2024, o pré-candidato reforça que esse planejamento só será feito após ouvir a população.

    “A grandeza da obra está no atendimento à necessidade das pessoas. Por exemplo, para os moradores do Santa Felicidade, a requalificação do bairro teve muito mais valor do que um contorno norte. Isso é relativo e exatamente por isso vou ouvir as pessoas nos bairros. Governos existem para fazer pelos cidadãos aquilo que eles precisam e não conseguem fazer sozinhos e não para satisfazer a vaidade ou o interesse dos governantes, então vamos ouvir primeiro o que as pessoas precisam”, finalizou.

    Sobre a Série de Entrevistas do Maringá Post com os pré-candidatos a prefeito

    Iniciada no dia 11 de setembro, a Série de Entrevistas do Maringá Post se propõe a ouvir todos os pré-candidatos à Prefeitura de Maringá. Dois pré-candidatos serão entrevistados por semana, com as reportagens indo ao ar nas segundas e quintas-feiras, sempre às 12h. Até o momento, já foram ouvidos Homero Marchese (Republicanos)Humberto Henrique (Solidariedade), Sidnei Telles (Avante), Doutor Batista (União Brasil), Flávio Mantovani (Solidariedade), Professora Ana Lúcia (PDT) , Edson Scabora (MDB) e Delegado Jacovós (PL).

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