Segundo dados do Ministério da Saúde, casos de picadas de escorpiões cresceram quase 150% no país nos últimos 10 anos. Especialista aponta os primeiros sinais que podem indicar que uma criança foi picada.
Por Victor Ramalho
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registrou um aumento de quase 150% em ocorrências envolvendo picadas de escorpiões nos últimos 10 anos. Em Maringá, a cidade registra quase 200 casos do tipo por ano, conforme a Gerência de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, com 88 casos a mais registrados em 2023, na comparação com o mesmo período de 2022.
As crianças ainda são um dos grupos com o maior número de vítimas. Mas como identificar quando uma criança foi picada pelo artrópode? De acordo com a enfermeira do Centro de Controle de Intoxicações do Hospital Universitário de Maringá (HUM), Márcia Jupe, há alguns sinais que os pais ou responsáveis podem verificar nas crianças menores, que ainda não sabem falar com clareza.
“As crianças quando têm pouca idade, se apresentam irritadas e chorando muito, fazendo expressão de dor, que é a expressão da criança, por ela ainda não saber informar. Um outro sinal muito importante é o vômito constante, que não para facilmente e é um sinal de alerta”, explica.
De acordo com a especialista, ao suspeitar da picada, o primeiro passo é levar a criança para uma unidade de Saúde. É lá que os profissionais poderão dar o melhor encaminhamento para cada caso.
“Ao identificar que a criança foi picada, deve-se sempre buscar o serviço de Saúde mais próximo, seja uma UBS ou uma UPA. A partir dali, os profissionais poderão dar o melhor encaminhamento para cada caso”.
Para evitar a proliferação do bicho, a profissional recomenda a constante limpeza dos quintais e terrenos.
“Como medidas de prevenção, estamos sempre orientando a comunidade de que as residências devem ser limpas, não só no sentido de limpeza doméstica, mas também evitar nos terrenos e quintais o acúmulo de móveis usados e também de materiais de construção, que ficam depositados por um longo tempo. Eles são formas de abrigo de escorpiões. É uma situação tão propícia que, além do escorpião ficar escondido, abrigado, também é um local onde eles conseguem se reproduzir”, finaliza.
Foto: Arquivo/Agência Brasil
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