Foto: Reprodução / Redes Sociais
Josiane Lima, 29, comissária de bordo, perdeu a guarda do filho de dez meses por causa da sua profissão. A Justiça do Paraná entendeu que ela não poderia cuidar da criança todos os dias por ter uma rotina de trabalho “delicada”. O pai ficou com a guarda provisória e leva o bebê para a creche enquanto trabalha. Josiane disse que vai recorrer da decisão, que ignorou o parecer do Ministério Público a favor da guarda compartilhada.
Josiane contou que nem tinha voltado a voar quando o juiz determinou que ela só poderia ver o filho três horas por dia e em finais de semana alternados. Ela afirmou que se sentiu discriminada e punida por sua profissão, que garante o sustento e os benefícios da criança. Ela questionou se outras profissionais que fazem plantão, como enfermeiras e médicas, também perderiam a guarda dos filhos.
A advogada Ana Lúcia Dias, especialista em direito das mães, disse que a decisão do juiz foi uma violência de gênero e contrariou o protocolo do Conselho Nacional de Justiça. Ela disse que a comissária não pode perder a guarda por ser comissária de bordo, a menos que o pai ficasse 24 horas por dia com o filho.
O Tribunal de Justiça do Paraná e o MP-PR não se manifestaram sobre o caso, que está sob sigilo.
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