Em Maringá, dois a cada dez pacientes faltam em consultas especializadas na rede pública de Saúde

A projeção é da Secretaria Municipal de Saúde, que abre nesta segunda-feira (10) um edital de inovação para a implantação da uma ‘UBS Virtual’.

  • A projeção é da Secretaria Municipal de Saúde, que abre nesta segunda-feira (10) um edital de inovação para a implantação da uma ‘UBS Virtual’. Objetivo é dar uma opção mais acessível para os pacientes buscarem atendimento.

    Por Victor Ramalho

    Em Maringá, aproximadamente dois a cada dez pacientes que buscam atendimento de clínico geral ou com médicos especialistas no sistema público de Saúde faltam nas consultas. A projeção é da Secretaria Municipal de Saúde, que estima que, atualmente, o índice de pacientes faltosos nessas modalidades chega a 25% dos agendamentos.

    Foi pensando nisso que a pasta, em parceria com a Agência Maringá de Inovação e Tecnologia (Amtech) publicou nesta segunda-feira (10) um edital de inovação para empresas de software interessadas em desenvolver um sistema de teleatendimento para consultas de atenção primária na rede pública, apelidado pelo município de ‘UBS Virtual’.

    Em entrevista ao Maringá Post, a superintendente da Secretaria Municipal de Saúde, Karina Rissardo, explica que o objetivo é ofertar uma opção a mais para pacientes que buscam atendimentos considerados mais simples, que poderiam ser resolvidos sem uma visita em uma unidade presencial.

    “Hoje, nós temos dados que mostram que pelo menos 70% dos atendimentos feitos diariamente na rede pública são de atenção primária, ou seja, casos de trocas de receitas ou situações mais simples, como dores de cabeça, garganta. São atendimentos que sobrecarregam o fluxo de pessoas nas unidades de saúde e que poderiam ser resolvidos de forma virtual. Aliado a isso, também temos os índices de pacientes que faltam nas consultas, seja pela distância ou por outros fatores. Por isso, estamos buscando meios de ofertar esses atendimentos via telemedicina”, explica.

    De acordo com a superintende, as modalidades ofertadas na UBS Virtual serão de atendimento primário, como consultas com clínicos gerais e algumas especialidades. “Já estamos mapeando os nossos profissionais de Saúde que tem mais familiaridade com essa modalidade de atendimento. Esperamos ofertar esses tipos de atendimento e também esperamos um sistema que o paciente saia da consulta com seu problema resolvido, ou seja, deverá ser um sistema onde o paciente também consiga fazer uma troca de receita, por exemplo”, diz.

    Atualmente, a rede pública de Saúde em Maringá realiza algo em torno de 10 mil atendimentos diários. Quando a UBS Virtual for implantada, o que ainda não tem data para ocorrer, eles esperam fazer 2 mil atendimentos mensais na modalidade.

    As empresas interessadas em participar do edital tem até o dia 9 de agosto para enviar seus projetos. As duas melhores soluções inscritas participarão do ′Maringá Pitch′, uma rodada de exposição para escolha da ideia que será testada no município.

    Imagem Ilustrativa/Marcelo Camargo/Agência Brasil

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