Ex-juiz da Lava Jato é alvo de, ao menos, dois pedidos de cassação. Para pessoas próximas, o secretário da Indústria, Comércio e Serviços admite a possibilidade em caso de nova eleição.
Por Victor Ramalho
Mesmo que o ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro (União Brasil) tenha o mandato cassado, a terceira cadeira paranaense no Senado pode continuar tendo um representante de Maringá. Isso porque o deputado federal licenciado Ricardo Barros (Progressistas) planeja concorrer ao cargo, em caso de uma nova eleição suplementar.
A informação foi dada nessa quarta-feira (21) pela colunista Bela Megale, no jornal “O Globo”, e confirmada pela reportagem do Maringá Post com pessoas próximas ao ex-prefeito de Maringá. Para pessoas próximas, Barros tem se mostrado confiante pela cassação de Moro pela Justiça Eleitoral e já estaria conversando com lideranças do Paraná, como o governador Ratinho Junior (PSD) sobre o tema, aponta a colunista.
Ricardo Barros foi reeleito ao cargo de deputado federal em 2022 com 107.022 votos, terminando o pleito como o 14º parlamentar mais votado do Paraná. Em janeiro, no entanto, ele se licenciou do cargo após ser convidado para assumir a Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços do Paraná, cargo que ocupa atualmente.
Em seu lugar em Brasília, assumiu o londrinense Marco Brasil, também do Progressistas.
Na semana passada, o Maringá Post mostrou que o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) reuniu duas ações, de PT e PL, no mesmo processo para uma possível cassação de Sergio Moro. As legendas acusam o ex-ministro da Justiça de abuso de poder econômico, por ter se aproveitado de uma estrutura de pré-candidato à Presidência para depois decidir concorrer a um cargo menos disputado.
Caso Moro seja mesmo cassado, caberá a Justiça Eleitoral a convocação de uma nova eleição suplementar para a cadeira, que poderá contar com candidatos que não participaram do pleito em outubro passado. Especula-se que, além de Barros, outros nomes que desejam entrar em uma eventual disputa sejam os também deputados Sergio Souza (MDB), Gleisi Hoffman (PT) e Nelsinho Padovani (União Brasil). Paulo Martins (PL), que já disputou o cargo em 2022, poderia voltar ao páreo.
Foto: Arquivo/Agência Senado
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