Compra de terreno do Parque das Águas de Maringá é denunciada ao MP-PR

Conforme a denúncia, que ainda não apreciada pelo órgão, município pretende pagar R$ 6,3 milhões pelo provável terreno, que é menor e custa o dobro do que outras duas áreas avaliadas pela Prefeitura.

  • Conforme a denúncia, que ainda não apreciada pelo órgão, município pretende pagar R$ 6,3 milhões pelo provável terreno, que é menor e custa o dobro do que outras duas áreas avaliadas pela Prefeitura.

    Por Victor Ramalho

    Uma denúncia protocolada no Ministério Público do Paraná (MP-PR) pede a apuração do processo de compra do terreno que deverá receber o futuro Parque das Águas de Maringá, popularmente conhecido como “Prainha”, cujo projeto foi apresentado pela administração municipal em janeiro.

    Conforme os documentos apresentados ao MP, o município pretende pagar até R$ 6,3 milhões por um terreno de oito alqueires (193.600,00 m²), às margens da PR-317. O que o denunciante questiona, no entanto, é a escolha por esse lote em específico.

    Segundo a denúncia, o município avaliou anteriormente outros dois lotes vizinhos, que são maiores do que o terreno escolhido e custam menos. Os lotes apontados no documento estão avaliados em R$ 3,2 milhões cada um. A informação apresentada ao Ministério Público ainda precisa ser apreciada pelo órgão, que decidirá se irá abrir, ou não, um inquérito para apurar o caso.

    Apesar de não constar na denúncia em questão, este mesmo terreno, que atualmente o município pretende pagar R$ 6,3 milhões, foi negociado em 2021 por R$ 916 mil, quase 7x menos do que o valor agora negociado. A informação é de uma apuração feita pela rádio Pinga Fogo FM.

    Por meio de nota enviada ao Maringá Post, a Prefeitura de Maringá informou que o valor de R$ 6,3 milhões foi apontada por uma empresa terceirizada, especializada em avaliação imobiliária e que foi contratada pelo município para apresentar um laudo técnico sobre o terreno. O município informou ainda que abriu um procedimento interno para apurar negociações anteriores sobre o mesmo imóvel.

    Foto: Mileny Melo/Arquivo/PMM

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