90% dos recapes feitos em Maringá em 2023 foram nos bairros, diz Prefeitura

Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura, a cidade já recebeu 24km de recape asfáltico este ano, beneficiando 20 bairros. Município explica como escolhe as regiões que receberão o serviço.

  • Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura, a cidade já recebeu 24km de recape asfáltico este ano, beneficiando 20 bairros. Município explica como escolhe as regiões que receberão o serviço.

    Por Victor Ramalho

    Maringá já realizou, nos primeiros quatro meses de 2023, cerca de 24km de serviços de recape asfáltico. Os dados são da Secretaria Municipal de Infraestrutura (SeInfra), fornecidos à reportagem do Maringá Post. De acordo com o município, o serviço foi feito com servidores do próprio município, que são responsáveis pela manutenção do pavimento.

    Do total, cerca de 90% das vias que tiveram o pavimento recomposto estão nos bairros e regiões mais afastadas. Conforme o levantamento da SeInfra, 20 bairros de Maringá já receberam os serviços neste ano. No momento, o município finaliza os serviços na Vila Operária e, conforme a programação, o próximo bairro que receberá recape será o Jardim Paulista III, começando pela Rua Francisco Dias de Aro, considerada pela administração como bastante degradada. A expectativa é que o serviço chegue no local nos próximos 15 dias.

    O Maringá Post entrevistou a secretária de Infraestrutura de Maringá, Maria Lígia Guedes, para esclarecer algumas dúvidas dos leitores. Afinal, como o município determina quais vias receberão os serviços de recape? De acordo com a secretária, a pasta tem uma equipe de técnicos que faz a avaliação das vias em todos os pontos da cidade.

    “Todo planejamento de recape é feito por uma equipe técnica, de engenheiros. Nós avaliamos a degradação das vias, o estado que se encontra o pavimento. São vários os tipos de serviços de pavimento e engenharia de um pavimento que já existe, sendo responsabilidade da Infraestrutura a manutenção desses locais. Importante esclarecer que não é a Secretaria de Infraestrutura que leva pavimento novo para um local que nunca recebeu pavimentação. Para isso o município contrata serviços terceirizados”, explica.

    Guedes também salienta que os serviços levam em consideração três pontos: a região em que se encontra a via, o estado de degradação e a quantidade de reclamações, medidas através dos protocolos feitos no 156, da Ouvidoria Municipal. Algumas vias da cidade têm prioridade no cronograma de recape, levando em consideração o alto fluxo de veículos.

    “Nós precisamos pensar nisso (na prioridade). Alguns locais são avenidas que ligam dois pontos importantes da cidade, outros que têm um fluxo de veículos muito alto e não podem ficar com pavimento degradado. Não quer dizer que os bairros não vão receber o serviço. Esse ano, por exemplo, 90% dos recapes foram nos bairros, mas é preciso priorizar regiões mais movimentadas até por uma questão de segurança, para evitar acidentes”, diz.

    Conforme a secretária de Infraestrutura, o município não tem como política fazer recapes em ruas de forma isolada. Com isso, quando uma rua precisa do serviço, todo o bairro é incluso no cronograma, o que às vezes causa a impressão que o serviço demora para chegar.

    “Nós não vamos em um bairro para recapear apenas uma rua. Quando percebemos que uma rua precisa do serviço, nós organizamos o cronograma para realizar a execução no bairro todo”, afirma a Maria Lígia.

    Os recapes ocorrem com mais frequência no centro da cidade?

    Recentemente, o Maringá Post mostrou que a Avenida Tiradentes estava recebendo o terceiro serviço de recomposição asfáltica em menos de um ano. A situação causou incômodo em alguns leitores, que questionam se a Prefeitura prioriza apenas o centro da cidade.

    Sobre a Tiradentes, a secretária explicou que a intervenção foi necessária pois a empresa contratada para o serviço, no ano passado, foi desclassificada após entregar um pavimento de má qualidade. “Nossa equipe assumiu o serviço por ser uma via movimentada. A empresa contratada, por uma questão jurídica, não poderia refazer o serviço”, resumiu.

    “Nós entendemos que, às vezes, passa a impressão que o recape só ocorre no centro e não chega em alguns bairros. Mas não é isso que ocorreu. Nosso cronograma de obras contempla todas as regiões da cidade, dentro das categorias de prioridade que já mencionamos. Não podemos deixar vias movimentadas, como a Tiradentes ou Avenida Brasil com asfalto de baixa qualidade, por conta do risco de acidentes”, complementa a secretária.

    Quais bairros já receberam recape em 2023?

    Conforme o cronograma da secretaria de Infraestrutura, já foram recapeadas esse ano as ruas dos bairros: Parque da Gávea, Jardim Batel, Conjunto Paulino Carlos Filho, Jardim São Francisco, Jardim Canadá, Jardim Brasília, Parque, Tarumã, Jardim São Paulo, Cidade Alta, Parque das Laranjeiras, Jardim Licce, Hortência II, Jardim Monções, Jardim das Nações, Jardim Universo, Jardim Itália e Zona I.

    Novos bairros já estão na programação para os próximos meses. Recentemente, o município anunciou o investimento de R$ 12 milhões para o serviço. Segundo a SeInfra, o cronograma pode sofrer alterações por conta das condições climáticas. A pasta explica que o pavimento não pode ser aplicado em dias de chuva ou com a pista molhada.

    Foto: Arquivo/PMM

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