Câmara de Maringá vai pagar R$ 12 mil por estudo para ampliação de gabinetes

Segundo o presidente da Câmara de Maringá, Mario Hossokawa (Progressistas), o objetivo é entender a viabilidade da instalação dos gabinetes que receberão os oito novos vereadores a partir de 2025.

  • Segundo o presidente da Câmara de Maringá, Mario Hossokawa (Progressistas), o objetivo é entender a viabilidade da instalação dos gabinetes que receberão os oito novos vereadores a partir de 2025.

    Por Victor Ramalho

    A Câmara de Maringá já iniciou os trâmites pensando em receber os oito novos vereadores a que terá direito a partir de janeiro de 2025. Nesta semana, o Legislativo firmou contrato com uma empresa de engenharia que irá elaborar um estudo de viabilidade para a construção de novos gabinetes, para acomodar parlamentares e equipes de trabalho.

    A empresa contratada é a Contratte Engenharia Ltda, de Maringá, que receberá R$ 12 mil pelo estudo. A contratação foi feita por dispensa de licitação, com edital publicado no Diário Oficial do Município de terça-feira (21).

    Conforme o documento, o estudo preliminar visa identificar a viabilidade da construção de oito gabinetes de 36m² cada, devidamente equipados com saídas de emergência e rotas de fuga, em respeito as normas de segurança estabelecidas pelo Corpo de Bombeiros. Caso o estudo dê um parecer positivo para a construção, a mesma empresa poderá elaborar um projeto de engenharia, avaliado em R$ 48 mil.

    A empresa terá 30 dias para fazer o estudo técnico e, caso aprovado, mais 60 para elaborar o projeto. Em entrevista ao Maringá Post, o presidente da Câmara de Maringá, Mario Hossokawa (Progressistas), explica que o estudo preliminar é necessário para que a reforma possa ser feita seguindo todas as normas de segurança.

    “Nós temos praticamente dois anos para fazer a ampliação das instalações da Câmara para acomodar os novos vereadores, mas, desde já, estamos providenciando os estudos técnicos para ver de que forma iremos ampliar o prédio para receber os novos parlamentares. Nós fizemos diversos orçamentos, tivemos casos de empresas cobrando até R$ 180 mil apenas para fazer o projeto. Esse estudo foi dividido em duas etapas e, por contrato, está bem claro que o primeiro estudo está orçado em R$ 12 mil. Caso aprovado, aí a empresa irá desenvolver o projeto dos novos gabinetes, estipulado em contrato em R$ 48 mil”, disse.

    Em dezembro de 2022, a Câmara de Maringá aprovou a ampliação do número de cadeiras de 15 para 23 parlamentares. Até 2004, o legislativo maringaense era composto por 21 vereadores. Segundo Hossokawa, o espaço físico para a acomodação dos novos gabinetes já existe, mas ainda não há uma estimativa de custo para a construção dos gabinetes. “Uma vez feito o projeto, que contempla toda a parte hidráulica, elétrica, como uma construção demanda, aí deveremos fazer uma nova licitação para, então, iniciar efetivamente a obra”, afirmou.

    Por que uma reforma antes da construção do novo prédio da Câmara?

    Em 2022, a União concluiu o processo de cessão de um terreno de 27 mil m² na região do antigo aeroporto, próximo ao Eurogarden, para receber o Novo Centro Cívico de Maringá, com os prédios da Prefeitura Municipal, Câmara de Vereadores, Fórum, Ministério Público e Delegacia Cidadã.

    De acordo com as projeções iniciais, o espaço destinado à Câmara terá em torno de 6 mil m², o dobro do tamanho do prédio atual. O legislativo já iniciou as articulações com deputados para garantir os recursos para a construção, que ainda não tem um valor estimado.

    A situação levanta um questionamento: por que reformar o atual prédio da Câmara ao invés de investir diretamente na construção do novo legislativo?

    Hossokawa explica que o novo prédio ainda não estará pronto até janeiro de 2025, o que justifica a reforma da edificação atual, para que os trabalhos legislativos continuem sendo realizados. Ele também reforça o zelo ao patrimônio público, uma vez que o prédio será devolvido ao município após ser desocupado.

    “Dificilmente o novo prédio ficará pronto até 2025 e ainda precisaremos acomodar os novos vereadores. A reforma não será um dinheiro perdido, pois estamos cuidando do patrimônio. Esse prédio voltará para a Prefeitura quando mudarmos e, volta a meia, o município demanda as instalações da Câmara para realizar eventos, audiências públicas, pois é um prédio bem cuidado. Devolveremos à Prefeitura uma instalação em excelentes condições de uso”, finaliza.

    Foto: Arquivo/CMM

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