A pouco mais de 1 ano do início das convenções partidárias, ao menos 12 nomes já se mostraram dispostos a concorrer ao cargo de prefeito da Cidade Canção, conforme apuração do Maringá Post.
Por Victor Ramalho
Ainda falta 1 ano e 4 meses para o início das convenções partidárias. Costumeiramente, o evento onde os partidos escolhem os nomes que irão disputar as eleições ocorre entre o fim de julho e início de agosto. Mesmo assim, muitos atores políticos já se movimentam nos bastidores em Maringá, cobiçando o cargo de prefeito.
Conforme apuração do Maringá Post, ao menos onze nomes já se autodeclaram pré-candidatos, ainda que internamente, são bem avaliados por líderes partidários ou buscam apoio para disputar à Prefeitura de Maringá em 2024. Atual chefe do Executivo maringaense, Ulisses Maia (PSD) ainda não definiu o nome que irá apoiar para sua sucessão.
O candidato apoiado por Ulisses deverá sair de dentro da própria gestão. Ao menos cinco nomes que compõem o atual secretariado já manifestaram desejo de concorrerem ao cargo no ano que vem. O principal deles é o do atual vice-prefeito, Edson Scabora (MDB), que em entrevista recente ao Maringá Post chegou a anunciar a pré-candidatura a prefeito.
Ainda dentro da Prefeitura, o atual secretário de Trabalho, Renda e Agricultura Familiar, Francisco Favotto, também já manifestou a vontade de concorrer ao cargo. Favotto é o atual presidente do Partido Social Democrático (PSD) em Maringá, legenda do atual prefeito e também do atual governador Ratinho Júnior. Na mesma linha, o secretário de Saúde, Clóvis Melo, já teria confidenciado o desejo de disputar o Executivo para pessoas próximas.
Outro nome bem avaliado pela situação é o do secretário da Fazenda de Maringá, Orlando Chiqueto, por conta do perfil técnico de trabalho e da lealdade demonstrada a Ulisses. Conforme a reportagem apurou, no entanto, Chiqueto ainda não toca no assunto de forma direta e prefere se concentrar, no momento, nas responsabilidades como secretário.
O ex-vereador e atual diretor do Procon de Maringá, Flávio Mantovani, é outro candidato natural no radar da atual gestão. Filiado ao Solidariedade, Mantovani foi candidato a deputado estadual em 2022 e fez 22.849 votos, ficando como suplente. A boa atuação no período em que esteve na Câmara de Maringá e a facilidade em lidar com a imprensa são consideradas virtudes do secretário, segundo pessoas próximas.
Demais grupos políticos também já se organizam
Além do atual grupo que comanda Maringá, outros grupos e partidos também já se articulam nos bastidores pensando na próxima disputa eleitoral. O principal deles é o Progressistas, legenda que comandou Maringá entre 2005 e 2016, nas figuras dos ex-prefeitos Silvio Barros e Roberto Pupin.
Em entrevista recente à rádio CBN Maringá em janeiro, Silvio não descartou concorrer ao cargo novamente. Atualmente, o ex-prefeito trabalha na iniciativa privada, prestando consultorias e ministrando palestras voltadas para a área do Urbanismo e Desenvolvimento Sustentável, bandeiras que defendeu durante sua gestão no Executivo.
Em Maringá, o Progressistas também tem outros nomes no radar, como o deputado estadual Soldado Adriano José, que filiou-se no partido para disputar a eleição de 2022, quando foi reeleito para a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) com 36.209 votos. Em janeiro deste ano, o parlamentar chegou a se reunir com o presidente municipal da legenda, Ricardo Barros.
Quem também se movimenta internamente pensando em candidatura própria é o União Brasil, presidido em Maringá pelo deputado Paulo Rogério Do Carmo. O parlamentar, que recentemente ensaiou uma aproximação com o grupo político de Ulisses Maia, teve uma das votações mais expressivas da região para o cargo de deputado estadual em 2022, com 53.223 votos. Ele é apontado como candidato natural da legenda para o Executivo maringaense.
Pelo Podemos, fala-se no empresário e ex-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), Wilson Matos Filho. Ele, que é apontado como o principal nome da legenda na cidade atualmente, teve a primeira experiência como candidato a cargo eletivo em 2022, enquanto 1º suplente do ex-senador Alvaro Dias.
As movimentações da oposição
Dos partidos ideologicamente contrários ao PSD, apenas o Partido Democrático Trabalhista (PDT) se movimenta de maneira mais contundente, no momento. A vereadora e presidente municipal da sigla, Professora Ana Lúcia, é apontada como o nome do grupo para a disputa da prefeitura no ano que vem. Recentemente, a parlamentar se reuniu com dirigentes do PSDB e Solidariedade. O teor das conversas, no entanto, não foi revelado de maneira oficial.
Parlamentares de outros municípios buscando espaço em Maringá
Por fim, outros dois nomes da região já ventilaram, internamente, a possibilidade de disputar a Prefeitura de Maringá. São os casos dos deputados estaduais Evandro Araújo (PSD) e Delegado Jacovós (PL), de Marialva e Sarandi, respectivamente.
Evandro ainda tem domicílio eleitoral na Capital da Uva Fina, mas já discute a possibilidade de transferi-lo para a Cidade Canção, o que lhe permitiria concorrer para algum cargo eletivo em Maringá. Jacovós transferiu seu título em 2020, quando também foi pré-candidato ao Executivo pelo Partido Liberal (PL). O parlamentar deverá assumir o comando do partido na cidade nos próximos meses.
Imagem Ilustrativa/Arquivo/PMM
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