Com foto encapuzado, filho simula sequestro e pede R$ 180 mil ao pai na região

Homem de 31 anos enviou imagens falsas para extorquir o pai; caso foi descoberto pela Polícia Civil do Paraná em menos de 24 horas.

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    Um homem de 31 anos foi preso em Apucarana, cidade a cerca de 62 km de Maringá, após simular o próprio sequestro para extorquir o pai. A tentativa de golpe envolvia o envio de fotos encenadas e ameaças. O caso foi descoberto nesta sexta-feira (4) e está sob investigação da Polícia Civil.

    De acordo com o G1 Paraná, o homem enviou ao pai, de 54 anos, imagens em que aparecia encapuzado, amarrado e com sinais de sangue, exigindo o pagamento de R$ 180 mil para ser libertado. As mensagens também incluíam ameaças de mutilação ou morte, caso o valor não fosse pago.

    O pai chegou a oferecer R$ 40 mil, mas os supostos sequestradores recusaram. Desconfiado, o homem foi orientado a procurar a polícia, que registrou a ocorrência na quinta-feira (3).

    Segundo o delegado André Garcia, em menos de 24 horas a equipe localizou o suposto cativeiro, que ficava na zona rural de Cambira, cidade vizinha. No local, os policiais encontraram o filho deitado na cama, usando o celular — o mesmo aparelho que estava sendo utilizado para os contatos com a família.

    O dono da casa onde o falso sequestro foi armado também estava presente e foi preso. Ambos vão responder pelo crime de extorsão, cuja pena varia de quatro a dez anos de reclusão, além de multa.

    Ainda conforme o delegado, outras duas pessoas envolvidas foram identificadas, mas até o momento não foram localizadas. O suspeito preso alegou que havia sido sequestrado por policiais de São Paulo e que estava sendo monitorado por drones, mas a versão foi descartada pelos investigadores.

    A Polícia Civil informou ainda que o homem é usuário de cocaína, e uma possível dívida com traficantes pode ter motivado o crime.

    Os nomes dos envolvidos não foram divulgados para preservar a identidade do pai, considerado vítima no caso. As investigações continuam.

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