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Seis protestos simultâneos mobilizaram o fim da tarde de terça-feira (10) em Londrina, no norte do Paraná. As manifestações bloquearam importantes avenidas da cidade.
Os atos foram motivados pela morte de Gabriel Felipe Rodrigues Dalbello, de 23 anos, durante uma abordagem policial na última sexta-feira (6), segundo a Polícia Militar.
Conforme informações do G1 Paraná, o tenente-coronel Ricardo Eguedis, da PM, informou que três protestos ocorreram na Avenida Brasília, um na Avenida Theodoro Victorelli e dois na região norte da cidade.
Manifestantes queimaram pneus e móveis para bloquear as vias. Também exibiram cartazes com mensagens contra a polícia, como “Não existe confronto quando só um lado atira”.
A Polícia Militar agiu para dispersar os grupos e apreendeu materiais que seriam usados para incêndios. Não houve prisões.
Na abordagem que gerou a comoção, Gabriel teria sido visto dirigindo na Rua Rosa Branca. A PM diz que ele não obedeceu à ordem de parada e apontou uma pistola contra os policiais, que reagiram com disparos.
Gabriel, que usava tornozeleira eletrônica, tinha mandado de prisão aberto por roubo qualificado e era suspeito de furtos em cidades da região, conforme a polícia.
A família, porém, contesta a versão oficial. Daiane Rodrigues, tia de Gabriel, afirmou ao g1 Paraná que ele não estava armado e estava a caminho da casa da avó para buscar uma roupa.
“Eles mataram ele da esquina da casa dele para a esquina da casa da minha avó”, disse Daiane.
Este não foi o primeiro episódio de protestos em Londrina após mortes em confrontos policiais.
Em fevereiro, manifestações bloquearam quatro avenidas e queimaram um ônibus, após a morte de dois jovens.
Naquela ocasião, o secretário de Segurança Pública do Estado esteve na cidade para conter a violência.