Suspeito de matar irmãos caminhoneiros não agiu em legítima defesa, aponta delegado

Investigação aponta que suspeito iniciou confronto que resultou nas mortes de Gilberto e Josiel Vasconcelos; defesa nega e alega que ele agiu para se defender.

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    O delegado Luiz Gustavo Timossi descartou a tese de legítima defesa apresentada por Nunes Silvério de Melo, caminhoneiro acusado de assassinar os irmãos Gilberto e Josiel Vasconcelos, também motoristas profissionais. As informações são da Polícia Civil do Paraná.

    De acordo com as investigações, Nunes foi quem iniciou a confusão, bloqueando a passagem dos caminhões e partindo para o ataque contra Gilberto. Josiel, ao tentar defender o irmão, também foi atingido fatalmente. O caso ocorreu no fim de abril, em uma área industrial de Ponta Grossa, enquanto os motoristas aguardavam para descarregar soja.

    A defesa de Nunes alega que ele agiu para se defender de agressões cometidas pelos irmãos, que teriam atacado o caminhoneiro simultaneamente. Segundo essa versão, Nunes usou uma faca para se proteger após ter seu facão tomado durante a briga.

    O delegado, porém, afirma que não há provas que sustentem a legítima defesa, ressaltando que as vítimas não tinham histórico de violência, conforme levantamento em registros policiais e depoimentos de familiares.

    A família dos irmãos espera que o Ministério Público apresente denúncia por duplo homicídio qualificado, considerando motivos fúteis e meio cruel, além de manter a prisão preventiva de Nunes, que segue detido.

    Gilberto, 52 anos, e Josiel, 40, eram naturais da Lapa, região metropolitana de Curitiba. Nunes, de 41 anos, é mineiro e permanece preso em Ponta Grossa.

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