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A Polícia Civil solicitou a prisão preventiva de uma estudante de Direito de 19 anos, após ela ser acusada de ofender uma colega cadeirante em vídeos publicados nas redes sociais. No entanto, o pedido foi rejeitado pela Justiça. A jovem é investigada por discriminação em razão de deficiência, corrupção de menores e ameaça. Além dela, uma adolescente de 17 anos, que também aparece nas gravações, está sendo investigada, e a polícia solicitou sua internação provisória, mas o pedido também foi negado.
De acordo com o delegado João Paulo Lauandos, a solicitação de prisão foi fundamentada na repetição das atitudes discriminatórias, já que a suspeita teria gravado vídeos semelhantes em outras ocasiões. Testemunhas confirmaram à polícia que esse não foi o primeiro incidente envolvendo ofensas à vítima. Durante as investigações, também foram descobertas ameaças feitas pela investigada contra outras pessoas.
Os vídeos, postados no Instagram no dia 7 de abril, foram inicialmente compartilhados com um grupo restrito de seguidores. No entanto, eles vazaram e se espalharam pelas redes sociais no dia 9 de abril. Nas imagens, as jovens fazem piadas depreciativas sobre a cadeira de rodas da colega e a chamam de “magrela” e “aleijadinha”.
Os vídeos geraram revolta, pois, embora a justificativa das jovens fosse uma reação ao comportamento da vítima durante uma apresentação de trabalho, as investigações apontaram que as ofensas ocorreram dias antes.
“Os elementos dos autos do inquérito policial indicam que a discriminação já acontecia antes da apresentação do trabalho, tornando a justificativa sem fundamento”, explicou o delegado Gustavo Fernandes.
A polícia cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências das investigadas em Telêmaco Borba e Curiúva, e apreendeu o celular de uma das envolvidas para perícia. As jovens foram estudantes do Centro Universitário de Telêmaco Borba (UNIFATEB), que rescindiu os contratos delas após o incidente.
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As informações são do G1 Paraná.