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Flávia Regina Mizerski, mãe da adolescente desaparecida Isis Victoria, foi internada em estado grave na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital do Rocio, em Campo Largo (a cerca de 390 km de Maringá). Ela precisou ser transferida de Tibagi no último sábado (22), após sofrer crises convulsivas intensas e repetitivas.
Rodrigo Mizerski, irmão de Flávia e tio de Isis, relatou que sua irmã apresentou ao menos seis crises convulsivas naquele dia. Segundo ele, entre as 19h e as 23h, Flávia não conseguiu falar e permaneceu apenas convulsionando. Durante a madrugada, chegou a demonstrar uma leve melhora, mas continuava desacordada. Na manhã seguinte, acordou sob efeito de medicamentos, relatando dores e paralisia.
O quadro clínico de Flávia se agravou ao ponto de apresentar convulsões a cada 13 minutos, o que levou os médicos a intubá-la. Esse procedimento é adotado quando há crises convulsivas contínuas ou repetidas, pois nesses casos há risco de falta de oxigenação no cérebro e até parada respiratória.
Rodrigo afirmou que sua irmã vinha enfrentando dificuldades emocionais desde o desaparecimento da filha, agravadas pela falta de respostas sobre o caso. Segundo ele, Flávia esperava há meses por notícias de Isis e pela confissão de Marcos Vagner de Souza, que tinha um relacionamento com a jovem e está preso como principal suspeito do crime.
O desaparecimento de Isis Victoria
Isis Victoria Mizerski desapareceu no dia 6 de junho de 2024, aos 17 anos, enquanto estava grávida. Ela foi vista pela última vez em Tibagi e teria se encontrado com Marcos Vagner de Souza pouco antes do sumiço. Embora seu corpo nunca tenha sido localizado, a Polícia Civil concluiu que a adolescente foi assassinada e indiciou Marcos pelo crime.
As investigações apontaram que ele não aceitava a gravidez e tentou convencer Isis a abortar. Diante das provas coletadas, ele foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná e se tornou réu pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, dissimulação e feminicídio, além de aborto sem o consentimento da gestante e ocultação de cadáver.
A Justiça determinou que Marcos será julgado pelo Tribunal do Júri, mas a data do julgamento ainda não foi definida. Para Rodrigo, a família segue buscando justiça e espera que Marcos seja condenado, junto com qualquer outra pessoa que tenha colaborado no crime.
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