Farmacêutico vende ‘droga da morte’, extorque e ameaça vítimas no PR

A polícia ainda investiga se há outras pessoas envolvidas no crime e se o farmacêutico tem ligação com desvios de medicamentos de hospitais ou roubo de cargas.

  • Foto: Divulgação/PCPR

    Um farmacêutico foi preso nesta terça-feira (5) em Curitiba, acusado de falsificar medicamentos e viciar vítimas em fentanil, uma droga analgésica que causa dependência e é chamada de droga da morte. Uma das vítimas contou à polícia que o farmacêutico lhe ofereceu fentanil, morfina e metadona, mas ele se viciou em morfina, que usava para aliviar as dores de um acidente de trânsito. Ele também disse que sofria extorsões e ameaças de morte do farmacêutico.

    Segundo a delegada Aline Manzatto, da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde, o farmacêutico cobrava R$ 10 mil por cada ampola de fentanil, uma droga que é 100 vezes mais forte que a morfina e 50 vezes mais potente que a heroína. Nos Estados Unidos, o fentanil é a principal causa de morte entre pessoas com menos de 50 anos. Uma das vítimas chegou a ter uma dívida de R$ 120 mil com o farmacêutico, que a ameaçava dizendo que era policial e que já havia matado outras pessoas.

    A polícia também encontrou em uma chácara de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, ampolas de morfina e outros medicamentos injetáveis de uso restrito e venda proibida. Na farmácia onde o suspeito trabalhava, havia centenas de medicamentos vencidos, controlados e antibióticos, que eram falsificados e vendidos novamente. Havia também testes vencidos para Covid, dengue e HIV.

    O farmacêutico já tinha antecedentes criminais por disparo de arma de fogo e peculato. Ele estava em liberdade provisória e respondia por falsificação de medicamentos. Ele pode pegar mais de 30 anos de prisão pelos crimes que cometeu.

    A polícia ainda investiga se há outras pessoas envolvidas no crime e se o farmacêutico tem ligação com desvios de medicamentos de hospitais ou roubo de cargas.

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