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Um possível atrito entre a atual presidente da Câmara de Maringá, Majô (PP), e o ex-presidente Mário Hossokawa (PP) teria sido o motivo da exoneração do então subprocurador jurídico da Casa. O desligamento foi publicado no Diário Oficial do Município dessa segunda-feira (21).
O servidor ocupava o cargo desde janeiro deste ano. Originalmente, a função de subprocurador não existia no organograma do legislativo até ser criada pelos vereadores, em dezembro do ano passado, no mesmo projeto de lei que criou os cargos de assessoria para os novos vereadores.
A indicação para a função foi feita pelo próprio ex-presidente Mário Hossokawa (PP). Embora não tenha se manifestado sobre o assunto oficialmente, a alegação da Câmara para a demissão do subprocurador teria sido uma suposta inconsistência no registro de frequência do servidor, versão que é contestada por ele próprio, que conversou com a reportagem do Maringá Post.
Fontes próximas a Hossokawa ouvidas pela reportagem afirmam que o real motivo do desligamento é um atrito entre o vereador e a atual presidente da Casa. A situação seria uma represália ao fato do ex-presidente da Câmara ter votado contra o projeto que criou 25 novos cargos comissionados na estrutura do legislativo.
Majô foi questionada sobre o assunto em coletiva de imprensa nesta terça-feira (22). Embora tenha se negado a informar o motivo da demissão do subprocurador, ela afirmou que não existem atritos dentro da Câmara.
“O que nós podemos afirmar é que é prerrogativa da presidente fazer essa exoneração e eu sei que a imprensa tem cobrado algumas informações sobre isso, vocês podem solicitar via Lei de Acesso à Informação (LAI) o processo que resultou em determinada exoneração. […] De maneira alguma (há desentendimentos). Nós entendemos que a Câmara tem funcionado de maneira muito adequada, os servidores daqui da Câmara, sejam eles de carreira ou que estão em cargos de função gratificada, ou servidores comissionados, têm realizado um bom trabalho e é por isso que eles estão sendo mantidos em suas funções. Não há nenhuma rusga em relação a isso”, disse.
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