Com possível fundação de partido, MBL de Maringá articula retorno ao cenário político para 2026

Na semana passada, o Movimento Brasil Livre (MBL) atingiu o número de assinaturas exigidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para fundar o próprio partido, o Missão. Após alguns anos longe dos holofotes em Maringá, grupo diz ter se organizado internamente e deverá apostar em “nomes de confiança” para eleição do próximo ano.

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    Na semana passada, o Movimento Brasil Livre (MBL) deu um próximo passo rumo ao objetivo de fundar o próprio partido, que se chamará Missão. Acontece que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) validou 547.505 assinaturas obtidas pelo grupo para a formação da sigla, número que supera em 463 assinaturas a quantidade mínima exigida pelo órgão, que é de 547.042 assinaturas.

    A articulação do MBL em torno do Missão teve início ainda em 2023 e contou com a ajuda de apoiadores do movimento apartidário em Maringá, uma das cidades que mais contou com adeptos nos tempos áureos de Movimento Brasil Livre, entre 2016 e 2018. Somente na região, foram pouco mais de 10 mil assinaturas apoiando a criação da futura legenda.

    Longe dos holofotes desde pouco antes da eleição municipal de 2020, o MBL de Maringá usou os últimos anos para organizar a casa. Com o Missão, a tendência é que o grupo tente retornar ao cenário político já em 2026. Ao menos é o que garante o porta-voz do Movimento na Cidade Canção, Maskwell Santana.

    Em entrevista ao Maringá Post, Santana diz que o grupo foi reorganizado e buscou, nos últimos anos, uma forma de atuar que o aproximasse das pessoas e deixasse o grupo longe de polêmicas. Mesmo assim, os membros foram ativos em decisões de cunho político, como a tentativa de vetar o aumento ao número de vereadores pela Câmara Municipal.

    “Dá pra dizer sim que houve uma espécie de sumiço, principalmente entre 2020 e 2022, só que depois disso a gente reorganizou o grupo, mais pessoas entraram, principalmente com o advento da “Academia MBL”, que foi um grande marco para o movimento, que fortaleceu muitos núcleos ao redor do Brasil e, desde então, a gente vem fazendo ações, por exemplo, quando teve a primeira tentativa de aumento no número de vereadores no fim de 2022, onde a gente organizou um ato, a gente estava lá presente, tentando virar votos. Inclusive, com esse ato, a gente conseguiu virar votos de dois vereadores. […] Estamos tentando firmar mais bases e tentar fazer uma linha um pouco mais próxima com as pessoas, então a gente está fazendo bastante doação e ações sociais, por exemplo. Esse ano a gente já fez doação de agasalhos, doação de chocolate, fizemos também fez uma campanha de doação de sangue, então a gente está tentando seguir uma linha um tanto mais de base”, explicou o porta-voz.

    Sobre a reorganização política, Makswell explicou que o MBL tentou participar mais ativamente das eleições de 2024, movimento que encontrou barreiras nas negociações com partidos. A tendência é que candidaturas próprias sejam lançadas a partir do ano que vem, mas com nomes que venham dos setores internos do próprio MBL.

    “A gente planejou lançar candidatos aqui na cidade (em 2024), só que a gente não conseguiu por conta de negociações partidárias, tentamos conversar com partidos, porém a candidatura não saiu por conta disso, a gente não conseguiu o espaço que a gente queria nas legendas que se ofereceram. Algumas pediam coisas que a gente não tava disposto a dar, acho que pra bom entendedor sabe o que eu tô querendo dizer com isso. Com o partido político existindo, facilita muita coisa, porque a gente, por exemplo, vai ter a nossa própria chapa de vereadores, eventualmente, nossa própria chapa de deputados e isso muda o jogo”, resumiu.

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